Santos

Cadeia Velha, em Santos, será sede para a Fábrica da Cultura 4.0

Local volta a ser centro cultural, agora com a proposta de formar criatividade, inovação e tecnologia na região

Da Reportagem

Publicado em 15/09/2021 às 12:45

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'Desde a primeira vez que estive em Santos, me falaram sobre o edifício da Cadeia Velha, e de como ele era importante para cultura da cidade', diz o Secretário / Divulgação/ Carlos Nogueira/ Prefeitura de Santos

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O edifício da Casa de Câmara Cadeia Velha será a nova sede dos cursos da Fábrica da Cultura 4.0, conforme anunciado nesta terça-feira (14). O projeto de formação nas áreas de cultura e economia criativa é gerenciado pelo Governo do Estado e contará com o apoio da Prefeitura de Santos

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O anúncio foi feito pelo secretário de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, Sérgio Sá Leitão, durante a entrega das obras de restauração das fachadas do prédio do Museu do Café, no Centro Histórico de Santos. No período da tarde, o secretário visitou as instalações da Cadeia Velha.

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"Desde a primeira vez que estive em Santos como secretário, gestores da prefeitura, artistas e produtores da cidade me procuraram para falar sobre o edifício da Cadeia Velha, e de como ele era importante para cultura e de seu valor histórico", declarou Sá Leitão.

Ainda segundo o secretário de Estado, o '4.0' é uma expansão dos cursos de artes já existentes, que agora também vão dispor de mais oportunidades de formação nos segmentos de tecnologia, inovação e economia criativa. "Além das linguagens tradicionais como artes cênicas, música, audiovisual e circo, nós também teremos aulas de programação, robótica e animação", pontuou.

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O prefeito de Santos, Rogério Santos, ressaltou o trabalho conjunto entre o Estado e a prefeitura, que vai gerar renda e conhecimento, principalmente aos jovens em estado de vulnerabilidade social. "Estamos trabalhando sempre para conectarmos a política pública à gestão. Este é mais um bom investimento para Santos, e que, com certeza, vai complementar todo o nosso trabalho que já é feito na área da cultura e economia criativa".

A proposta da Fábrica da Cultura 4.0 inclui em seu projeto educacional o foco para a 'quarta revolução industrial', impulsionada pela convergência digital e pela economia criativa. No local, artes presenciais e digitais darão corpo para propostas de formação e estímulo à criatividade, inovação e tecnologia.

Segundo a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado, este mesmo conceito será adotado em todas as unidades futuras e também nas já existentes. A primeira unidade 4.0 será aberta em outubro, em São Bernardo do Campo. 

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A casa da cultura santista

História, tradição, formação, legado. Inúmeros são os significados que unem a cultura da Baixada Santista ao edifício da Casa de Câmara Cadeia Velha, localizado na Praça dos Andradas, e que teve sua construção iniciada há mais de 180 anos.

Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan), em 1959, a Cadeia Velha foi considerada, segundo os relatórios da entidade, "de grande valor arquitetônico residente no fato de possuir elementos que a qualificam em São Paulo: tamanho, volume, material e época de construção. É uma das primeiras expressões arquitetônicas das novas ideias da organização do Brasil como unidade independente".

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Ao longo da história, a edificação já serviu como quartel e hospital durante a Guerra do Paraguai, além de ter sido utilizada para abrigar em suas dependências o Fórum, Câmara Municipal, delegacia e museu. 

Em 1981, a Cadeia Velha passou a ser ocupada pela Delegacia Regional de Cultura, transformando-se na Casa da Cultura do Litoral. A partir de 1994, o prédio começou a abrigar a Oficina Cultural Regional Pagu, que promoveu cursos que formaram centenas de artistas da região. Desde 2018, o local passou a ser sede da Agência Metropolitana da Baixada Santista (Agem), que será transferida para outro local. 

"A Cadeia Velha é fundamental para cultura da nossa cidade, pois possui também um caráter de fundo sentimental muito grande para toda classe artística. Nada é mais simbólico do que voltar a transformar as celas de uma cadeia desativada em espaço de libertação do pensamento, da criatividade e da essência humana", comentou o secretário de Cultura, Rafael Leal.

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