Bicho-preguiça e gambás são soltos na natureza após tratamento veterinário no Orquidário / Divulgação/ Prefeitura de Santos
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O Morro da Nova Cintra recebeu três novas moradoras na tarde desta terça-feira (22): duas gambás, uma jovem e outra adulta, e uma bicho-preguiça também adulta. A soltura em habitat natural foi realizada após os animais, que foram resgatados em diferentes regiões da Cidade, passarem pelo hospital veterinário do Orquidário Municipal para avaliação e tratamento.
A gambá jovem foi resgatada na última segunda-feira (22) pela Guarda Civil Municipal (GCM), na região do Parque Roberto Mário Santini, no José Menino. Já a adulta foi trazida pela própria equipe do Orquidário há dez dias, após a encontrarem sobre o portão de uma casa no Gonzaga.
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Os animais foram encaminhados ao parque por estarem em locais urbanos, considerados inapropriados para a sobrevivência. Segundo a equipe veterinária do equipamento, as gambás foram avaliadas e apresentaram perfeitas condições de saúde, por isso ficaram apenas abrigadas no Orquidário até o momento da soltura. Já a preguiça, que foi resgatada na região dos Morros na semana passada, foi diagnosticada com infestação de carrapatos e por isso passou cinco dias em tratamento.
Nesta terça-feira, as três foram levadas ao Morro da Nova Cintra por equipes do Orquidário e da GCM. Elas foram soltas em uma área verde próxima ao Seminário Diocesano São José.
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INTEGRAÇÃO
"O trabalho no Orquidário tem essa função integrativa entre a fauna que existe em Santos, o meio urbano e o natural. A gente recebe essa fauna quando, por algum motivo, ela foi prejudicada nesse contato com o meio urbano, readapta e solta nas áreas verdes da Cidade", explicou o médico veterinário José Heitzmant Fontenelle, que atua no Orquidário.
O profissional frisa que o atendimento realizado aos animais silvestres não deve ser confundido com atendimento veterinário. "Nós atendemos apenas a animais que foram resgatados de vida livre. Animais silvestres que são criados por humanos, mesmo que com licença, não se encaixam".
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Fontenelle ainda alerta para o fato de que a criação de espécies silvestres como animais de estimação é extremamente complexa. "Animais silvestres demandam muito tempo, atenção, estudo Não são animais que se adaptam às condições humanas, é o humano que precisa se adaptar às condições destes animais. Então é preciso muito conhecimento para tê-los em convívio".
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Ele também reforça que a criação de animais silvestres pode incentivar o tráfico e maus tratos dessas espécies. "O vizinho vê que você tem e pensa 'que legal, também quero!'. Ele pesquisa, vê que é caro e arruma alguém que venda mais barato. Geralmente esses são os vendedores ilegais, pessoas que, muitas vezes, armazenam esses animais em condições inadequadas e cometem até mesmo maus tratos".
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ATENDIMENTO
O hospital veterinário do Orquidário atende animais silvestres trazidos pela própria equipe, Polícia Ambiental, GCM, entre outros órgãos que realizam o resgate dessas espécies. É aconselhável que munícipes não manuseiem animais silvestres, tanto para a segurança do animal quanto do morador. O correto é acionar órgãos competentes para o resgate.
Além do atendimento aos animais de soltura imediata, como são chamados aqueles que são cuidados e soltos novamente na natureza, o órgão também cuida da saúde dos cerca de 450 animais que vivem no parque, sejam soltos ou abrigados em recintos visitáveis pelo público.
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São procedimentos de medicina preventiva e atendimentos a problemas que possam surgir ao longo do tempo, como traumas provenientes de quedas e brigas ou parasitoses, situações comuns em zoológicos e demais unidades que abrigam animais.
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