ESTATÍSTICAS

Baixada teve mais de mil bebês registrados sem o nome do pai em 2021

Dados podem ser conferidos no Portal da Transparência do Registro Civil desde a última quinta-feira (10)

LG Rodrigues

Publicado em 21/03/2022 às 07:15

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Esta faixa etária foi a últimas a receber a 1ª dose dos imunizantes e, uma pequena parte já está em tempo de receber a segunda / ELZA FIUZA/AGÊNCIA BRASIL

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Mais de mil bebês que nasceram na Baixada Santista entre os meses de janeiro de 2021 e dezembro do mesmo ano receberam apenas o nome da mãe em seu documento. Todos estes dados podem ser conferidos no Portal da Transparência do Registro Civil. Na última quinta-feira (10), a instituição lançou o menu ‘Reconhecimento de Paternidade’, onde todas as estatísticas estão disponíveis para acesso irrestrito.

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O portal da instituição conta, atualmente, com todos os dados referentes a nascimentos, casamentos e óbitos registrados nos 7.654 Cartórios de Registro Civil do Brasil, distribuídos em todos os municípios e distritos do país.

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Segundo divulgado pela Assessoria de Imprensa da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) os dados dos cartórios de mostram que, durante a pandemia da Covid-19, mais de 6% dos recém-nascidos brasileiros, 160.407 (2020) e 167.399 (2021), receberam apenas o nome da mãe em seu documento.

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Entre 2020 e 2021, período com menor número de nascimentos desde o início da série histórica em 2003, o país também sofreu queda nos reconhecimentos de paternidade, saindo de 35.243 de atos realizados em 2019, para 23.921 em 2020 – uma queda de 32% - e 24.682 em 2021 – 29,9% menor que o ano anterior à pandemia.

Ao se destrinchar os números da Baixada Santista, é possível observar que entre 1º de janeiro de 2021 e o último dia de dezembro, também de 2021, a Baixada Santista registrou 17.822 nascimentos. Destes bebês nascidos, em 1.399 casos haviam pais ausentes e as crianças tiveram registrados apenas os nomes das suas respectivas mães em suas certidões de nascimentos.

O município com mais casos de crianças registradas sem o nome dos pais em seus documentos é São Vicente. Dos 2.981 novos pequenos vicentinos que tiveram seus documentos emitidos em solo calunga, 334 têm apenas o nome da mãe nos papeis. Praia Grande vem na sequência com 307 crianças sem constar o nome do pai em suas certidões frente a 3.324 nascimentos. Santos fecha este incômodo pódio com 275 santistas recém-nascidos contando apenas com o nome da mãe nos cartórios do município.

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Na sequência, Cubatão teve 119 casos dentre 1.312 nascimentos, enquanto Peruíbe conta com 93 novos moradores registrados apenas por suas mães dentre 903 novas certidões de nascimento emitidas. Bertioga com 77 ocorrências entre 965 pequenos recém-nascidos e Mongaguá, com 73 casos diante de 600 nascimentos, encerram a lista.

As estatísticas relacionadas a Guarujá não foram encontradas na plataforma até o fechamento desta matéria.
PAÍS.

A região Norte é a que concentra o maior número de crianças com pais ausentes. Dos 253.667 recém-nascidos em 2020, 21.838 deles foram registrados apenas com o nome da mãe. O aumento foi ainda maior no ano seguinte, com 24.807 das certidões de nascimento emitidas por mães solo, ante aos 285.272 nascimentos. A tendência também foi notada no centro-oeste (16.080), Sul (18.573) e Sudeste (56.947), que viram crescer os registros apenas com o nome materno em 2021.

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