Reunião tomou todo o começo da tarde desta terça-feira / Reprodução / Facebook
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O Governo do Estado de SP e os prefeitos das nove cidades da Baixada Santista, em reunião do Condesb, representado pelos prefeitos de Santos, Itanhaém e Peruíbe, chegaram ao entendimento, após a apresentação de leitos na região e a inclusão na aferição do Estado. Com essas informações, a Baixada Santista estaria hoje classificada na Fase 2 Laranja, mas deverá manter os índices atuais de moradores contaminados e leitos desocupados até a próxima terça-feira (2) para se manter nessa classificação.
A consolidação será feita, com todos os dados e critérios que compõem o Plano SP, na próxima terça-feira para todo o Estado e será divulgada na quarta-feira (03), às 12h30. De acordo com integrantes do Governo do Estado, apesar de já estar apalavrada, a medida só passará a valer em caráter oficial a partir de quarta-feira, quando haverá a divulgação oficial.
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Como o Diário do Litoral havia antecipado na edição impressa desta sexta-feira (29), o prefeito de Santos e presidente do Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb), Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), decidiu se reunir no Palácio dos Bandeirantes com o secretário estadual de Desenvolvimento Regional, Marcos Vinholi, visando a retirada da Baixada Santista da Zona Vermelha e inclusão na Zona Laranja no plano estadual de retomada da economia em meio a pandemia do novo coronavírus. Em vídeo publicado após a reunião, o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa, fez um comunicado sobre a nova decisão do Estado.
"Dia de trabalho intenso aqui no Palácio dos Bandeirantes. Tivemos reuniões com o secretário de desenvolvimento regional Marcos Vinholi, o secretário de saúde José Henrique Germann Ferreira, a secretária de desenvolvimento econômico Patricia Ellen da Silva, enfim, vários secretários e viemos apresentar os argumentos da Baixada refletindo na reclassificação, que é o nosso objetivo, passar da fase vermelha para a fase laranja, uma fase que nos verdadeiramente nos encontramos", afirma.
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A decisão de posicionar os nove municípios no nível de isolamento social mais rígido possível revoltou todos os prefeitos da Baixada Santista, que esperavam ser posicionados na Zona Laranja, que flexibiliza a abertura de parte do comércio chamado de não essencial. Vale lembrar que a Capital São Paulo, que é epicentro do coronavírus no Brasil, não foi classificada na Zona Vermelha.
"Viemos aqui, lutamos por isso e a boa notícia é que o Estado considerou os nossos argumentos técnicos e vai efetivar nos próximos dias essa reclassificação da Baixada".
Além da Baixada Santista, Vale do Ribeira e Grande São Paulo também foram declaradas como regiões de alto grau de contaminação pelo novo coronavírus e baixos números de leitos de UTI disponíveis. Todos os prefeitos também se demonstraram surpresos e irritados com a classificação. A reclassificação da Região caiçara, porém, não significa em uma mudança drástica do comércio.
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"Isso não significa que vamos abrir tudo, permitir tudo ou iniciar uma retomada imediata. Tudo será feito de forma gradual, responsável e com regras rigorosas. O que queríamos e conquistamos é autonomia para tomar nossas decisões, critério justo porque a situação da Baixada Santista é desafiadora, é difícil, mas não é pior que a Capital e agora isso está restabelecido".
"Cabe a nós, juntos, autoridades, atuar juntos para avançar nesse enfrentamento do coronavírus com responsabilidade. Não tem reabertura imediata, mas tem justiça no critério e autonomia para que possamos tomar nossas decisões, vamos em frente", conclui Paulo Alexandre.
O prefeito de Peruíbe, Luiz Maurício, também se disse satisfeito com a nova classificação da Baixada Santista e fez um apelo para que a população continue se cuidando enquanto a administração municipal se prepara para implantar um plano que detalhará a retomada econômica da cidade.
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"Dia importante de reuniões e conquistas para Peruíbe e região. Mostramos ao Governo do Estado que nossa região merece estar na faixa laranja do Plano São Paulo de retomada das atividades econômicas. Agora vamos aguardar o anúncio oficial na próxima quarta-feira e o decreto dando essa regulamentação para implantarmos o plano em Peruíbe. Os cuidados continuam. Cuidar da saúde e se proteger continua necessário para evoluirmos a cada dia", afirma.