Famílias fizeram protesto nas escadarias do Paço contra a colocação de crianças em escola improvisada na Avenida Nossa Senhora de Fátima / Divulgação
Continua depois da publicidade
Uma comissão de familiares e estudantes da Unidade Municipal de Educação (UME) Oswaldo Justo, no bairro Chico de Paula, realizou um protesto ontem de manhã, na Prefeitura de Santos, contra a intenção da Secretaria de Educação de colocar as crianças provisoriamente em um prédio (galpão), na Avenida Nossa Senhora de Fátima, 150, no Saboó. A questão já foi reportagem do Diário no último dia 16.
Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.
Continua depois da publicidade
O imóvel já foi supermercado e loja de construção. Segundo pais e mães dos alunos, ele não tem condições seguras. Por isso, apelam por uma vistoria técnica de órgãos como Bombeiros, Defesa Civil e Conselho Municipal de Segurança.
A LISTA.
Continua depois da publicidade
As crianças estão estudando remotamente. Os familiares chegaram a efetuar visita ao imóvel que ainda se encontra em obras e fizeram uma lista de problemas no prédio do Saboó, como falta de ventilação natural adequada a todo ambiente e máquinas de exaustão e de ventilação de ar. Também falta climatização ou refrigeração nas salas de aula e áreas comuns - as salas são distribuídas dentro do galpão, com janelas que não recebem ventilação externa.
Também detectaram muros baixos e alambrados frágeis, que promovem vulnerabilidade em relação à segurança dos alunos e da própria unidade. Faltam exaustores nas cozinhas, coifas e porta nos banheiros dos alunos e acabamento de forros onde será o pátio da merenda.
Relatam que sala de reuniões, a dos professores e funcionários, os banheiros, as salas de material de apoio pedagógico e administrativo, as das equipes técnicas e demais espaços são quentes, com pouca ventilação e muito distantes das salas de aulas, tendo que empreender tempo acima do esperado para o uso.
Continua depois da publicidade
Reclamam que não haverá elevador para acessar os dois andares, nem quadra de esportes coberta para aulas de Educação Física e playground externo para alunos da educação infantil.
Além disso tudo, no local que será destinado ao refeitório, existe um portão para a área externa que acessa um depósito de entulho, a casa de máquinas (falta eletricidade), o gás de cozinha e as caixas d'água, sendo uma delas de metal que está desativada e em deterioração.
Para os pais e mães, devido ao tamanho e à complexidade imposta pela edificação (galpão), percebe-se que o número de funcionários estatutários, tais como, agentes de portaria, inspetores de alunos e auxiliares de serviços gerais deve ser ampliado para atendimento e segurança dos alunos matriculados, e também, o quadro do pessoal de limpeza deve ser revisto.
Continua depois da publicidade
Por fim, há necessidade da presença permanente da Guarda Municipal, no período noturno, pois acredita-se que somente a ronda noturna não será suficiente para salvaguardar a segurança.
Waldenice dos Santos Marceonilo, conhecida como Nice e Nicinha, uma das lideranças do movimento, disse ontem à Reportagem que a Administração faria uma visita amanhã no galpão, mas a maioria dos pais não aceita o espaço provisório.
"Não aceitamos essa escola provisória por tudo que descobrimos. Queremos que nossos filhos e filhas voltem a estudar no Oswaldo Justo. Hoje (ontem), pedimos para que fosse nos dado um prazo definitivo para a conclusão das obras", revelou.
Continua depois da publicidade
PREFEITURA.
A Oswaldo Justo, localizada na Rua Ana Santos, 125, atende 715 alunos do Maternal II à Pré-Escola e do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental. A Prefeitura informa que já foi concluída a primeira fase das obras e será iniciada a segunda em março.
Sobre a escola provisória, a climatização do prédio já está sendo feita por uma empresa terceirizada. Além disso, já foram colocados ventiladores em todos os ambientes. E os muros vão ser recuperados e os alambrados serão trocados, antes do início das aulas no prédio.
Continua depois da publicidade
Ainda segundo a Administração, as coifas e os exautores, na cozinha, também já estão sendo providenciados. As portas dos banheiros já estão chegando para a colocação na unidade e o serviço nos forros já foi concluído.
A Prefeitura garante que as salas do piso superior também estão recebendo climatização e ventiladores. Lembrando que, no piso superior, não haverá salas de aula. Também não será necessária a colocação de elevadores, neste momento, porque será feito um outro processo para a acessibilidade do local. A quadra de esportes será entregue logo que possível e um playground está sendo adquirido para atender aos alunos menores.
Explica ainda que o entulho será retirado e será construída uma rampa, mas o local não será liberado para o acesso dos alunos. Será um local para a entrada de veículos, para carga e descarga, quando em serviço na unidade. Vale ressaltar que o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) também já está sendo providenciado.
Continua depois da publicidade
Por fim, os profissionais que atuam na UME Oswaldo Justo serão realocados para a unidade. Caso haja necessidade de adequações, a Secretaria de Educação fará logo que a unidade esteja liberada para o funcionamento.
Quanto à segurança do local, dois vigilantes serão direcionados para a unidade, para atuar durante a noite (turnos de 12 horas) e nos finais de semana e feriados durante 24 horas. A Guarda Civil Municipal (GCM) faz rondas diuturnas em toda a Cidade, inclusive nas unidades de ensino com ações preventivas durante o período letivo.
Continua depois da publicidade