SANTOS

Alunos e famílias protestam contra improviso escolar na Zona Noroeste

Pais e mães de alunos não aceitam insegurança de escola improvisada no bairro Saboó

Carlos Ratton

Publicado em 02/03/2023 às 07:00

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Famílias fizeram protesto nas escadarias do Paço contra a colocação de crianças em escola improvisada na Avenida Nossa Senhora de Fátima / Divulgação

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Uma comissão de familiares e estudantes da Unidade Municipal de Educação (UME) Oswaldo Justo, no bairro Chico de Paula, realizou um protesto ontem de manhã, na Prefeitura de Santos, contra a intenção da Secretaria de Educação de colocar as crianças provisoriamente em um prédio (galpão), na Avenida Nossa Senhora de Fátima, 150, no Saboó. A questão já foi reportagem do Diário no último dia 16.

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O imóvel já foi supermercado e loja de construção. Segundo pais e mães dos alunos, ele não tem condições seguras. Por isso, apelam por uma vistoria técnica de órgãos como Bombeiros, Defesa Civil e Conselho Municipal de Segurança.

A LISTA.

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As crianças estão estudando remotamente. Os familiares chegaram a efetuar visita ao imóvel que ainda se encontra em obras e fizeram uma lista de problemas no prédio do Saboó, como falta de ventilação natural adequada a todo ambiente e máquinas de exaustão e de ventilação de ar. Também falta climatização ou refrigeração nas salas de aula e áreas comuns - as salas são distribuídas dentro do galpão, com janelas que não recebem ventilação externa.

Também detectaram muros baixos e alambrados frágeis, que promovem vulnerabilidade em relação à segurança dos alunos e da própria unidade. Faltam exaustores nas cozinhas, coifas e porta nos banheiros dos alunos e acabamento de forros onde será o pátio da merenda.

Relatam que sala de reuniões, a dos professores e funcionários, os banheiros, as salas de material de apoio pedagógico e administrativo, as das equipes técnicas e demais espaços são quentes, com pouca ventilação e muito distantes das salas de aulas, tendo que empreender tempo acima do esperado para o uso.

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Reclamam que não haverá elevador para acessar os dois andares, nem quadra de esportes coberta para aulas de Educação Física e playground externo para alunos da educação infantil.

Além disso tudo, no local que será destinado ao refeitório, existe um portão para a área externa que acessa um depósito de entulho, a casa de máquinas (falta eletricidade), o gás de cozinha e as caixas d'água, sendo uma delas de metal que está desativada e em deterioração.

Para os pais e mães, devido ao tamanho e à complexidade imposta pela edificação (galpão), percebe-se que o número de funcionários estatutários, tais como, agentes de portaria, inspetores de alunos e auxiliares de serviços gerais deve ser ampliado para atendimento e segurança dos alunos matriculados, e também, o quadro do pessoal de limpeza deve ser revisto.

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Por fim, há necessidade da presença permanente da Guarda Municipal, no período noturno, pois acredita-se que somente a ronda noturna não será suficiente para salvaguardar a segurança.

Waldenice dos Santos Marceonilo, conhecida como Nice e Nicinha, uma das lideranças do movimento, disse ontem à Reportagem que a Administração faria uma visita amanhã no galpão, mas a maioria dos pais não aceita o espaço provisório.

"Não aceitamos essa escola provisória por tudo que descobrimos. Queremos que nossos filhos e filhas voltem a estudar no Oswaldo Justo. Hoje (ontem), pedimos para que fosse nos dado um prazo definitivo para a conclusão das obras", revelou.

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PREFEITURA.

A Oswaldo Justo, localizada na Rua Ana Santos, 125, atende 715 alunos do Maternal II à Pré-Escola e do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental. A Prefeitura informa que já foi concluída a primeira fase das obras e será iniciada a segunda em março.

Sobre a escola provisória, a climatização do prédio já está sendo feita por uma empresa terceirizada. Além disso, já foram colocados ventiladores em todos os ambientes. E os muros vão ser recuperados e os alambrados serão trocados, antes do início das aulas no prédio.

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Ainda segundo a Administração, as coifas e os exautores, na cozinha, também já estão sendo providenciados. As portas dos banheiros já estão chegando para a colocação na unidade e o serviço nos forros já foi concluído.

A Prefeitura garante que as salas do piso superior também estão recebendo climatização e ventiladores. Lembrando que, no piso superior, não haverá salas de aula. Também não será necessária a colocação de elevadores, neste momento, porque será feito um outro processo para a acessibilidade do local. A quadra de esportes será entregue logo que possível e um playground está sendo adquirido para atender aos alunos menores.

Explica ainda que o entulho será retirado e será construída uma rampa, mas o local não será liberado para o acesso dos alunos. Será um local para a entrada de veículos, para carga e descarga, quando em serviço na unidade. Vale ressaltar que o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) também já está sendo providenciado.

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Por fim, os profissionais que atuam na UME Oswaldo Justo serão realocados para a unidade. Caso haja necessidade de adequações, a Secretaria de Educação fará logo que a unidade esteja liberada para o funcionamento.

Quanto à segurança do local, dois vigilantes serão direcionados para a unidade, para atuar durante a noite (turnos de 12 horas) e nos finais de semana e feriados durante 24 horas. A Guarda Civil Municipal (GCM) faz rondas diuturnas em toda a Cidade, inclusive nas unidades de ensino com ações preventivas durante o período letivo.

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