A equipe vai poder manusear o equipamento e compreender toda a nova sistemática / Divulgação/PMPG
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Em mais um passo para reduzir os índices de mortalidade infantil em Praia Grande, a Prefeitura adquiriu um aparelho de monitorização neurológica de bebês prematuros. A moderna tecnologia já está em funcionamento na UTI Neonatal do Hospital Municipal Irmã Dulce (HMID) e os profissionais da Maternidade passaram por uma capacitação nesta sexta-feira (31). Desta forma, a equipe vai poder manusear o equipamento e compreender toda a nova sistemática que está sendo implantada para promover um melhor atendimento de bebês recém-nascidos e evitar lesões cerebrais.
Mais do que um moderno aparelho que monitora 24 horas os bebês com risco, a tecnologia de última geração envolve também o acompanhamento em tempo real de uma central de vigilância e inteligência, em São Paulo, que informa a equipe da Maternidade caso haja qualquer alteração no quadro neurológico da criança. Esse trabalho vai dar maior amplitude na avaliação e diagnóstico dos pacientes internados na UTI Neonatal.
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“Hoje estamos implantando na Praia Grande o conceito de UTI Neonatal Neurológica Digital, em que eu vou ter um médico 24 horas por dia, sete dias por semana, acompanhando remotamente o recém-nascido e ajudando a equipe da Maternidade a tomar decisões frente à criança crítica”, explicou o médico neonatologista Alexandre Netto, co-fundador do Instituto Protegendo Cérebros, Salvando Futuros (PBSF – Protecting Brains & Saving Futures), que é responsável pela tecnologia inovadora.
Para isso, os profissionais da Maternidade vão receber capacitações quinzenais, além de treinamento online, para potencializar ao máximo o uso das ferramentas e do aparelho de monitorização, trazendo benefícios constantes aos bebês recém-nascidos. “Vamos ter ainda ferramentas de inteligência artificial e também as metodologias de monitoramento cerebral como vídeo eletroencefalograma e espectroscopia no infravermelho próximo (NIRS), que vão fazer um diagnóstico precoce e oferecer um tratamento mais adequado a crianças de alto risco, recém-nascidos que tenham sofrimento ao nascer, com alguma doença ou infecção grave já diagnosticada ou mesmo prematuros menores de 31 semanas”, complementou Netto.
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Para a pediatra e coordenadora da UTI Neonatal do HMID, Marilene Kiskissian Martins, essa tecnologia de ponta vai contribuir bastante na diminuição da mortalidade infantil e evitar diversas doenças que a criança poderia desenvolver ao longo da vida. “Esse equipamento vai permitir a redução da mortalidade infantil e também a morbidade dos pacientes, pois vamos conseguir diminuir o tempo de internação dentro da UTI e no hospital e também reduzir o uso de medicação, evitando sequelas neurológicas futuras”, disse.
O grande diferencial desse sistema de monitoramento implantado em Praia Grande é que ele permite detectar problemas que não podem ser vistos a olho nu, impactando fortemente no bem-estar desses pacientes. “Tem estudos que mostram que 80% das crises epiléticas no período neonatal não são diagnosticados clinicamente. Estudos dizem que com essa monitorização é possível reduzir em 23% a chance de ter sequelas neurológicas no futuro. E, mesmo quando houver lesão, eu consigo fazer com que ela seja bem menor do que sem esse acompanhamento”, destacou Netto.
Investimentos
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O investimento nesse avanço tecnológico no monitoramento neurológico dos pacientes recém-nascidos é mais um esforço visando o cumprimento de uma das metas do Plano de Governo da prefeita Raquel Chini que é a redução da mortalidade infantil no Município. E esse intento está sendo alcançado. No primeiro bimestre de 2023, Praia Grande registrou uma taxa de 8,9 mortes para cada mil crianças nascidas vivas. É o menor índice de mortalidade infantil dos últimos 12 anos no período.
“A incorporação da tecnologia na área da saúde é uma tendência e aqui na Praia Grande não é diferente. Ficamos bem contentes em ver esse equipamento funcionar in loco, um bebê já sendo monitorado com essa nova tecnologia. Nós estamos investindo bastante, não só na área hospitalar, mas também na Atenção Primária, com um forte trabalho de saúde preventiva a partir das Unidades de Saúde da Família. Acredito que com essas ações, capacitações e mais avanços que estamos fazendo na Saúde, vamos melhorar ainda mais nossos indicadores, já estamos num patamar inédito, chegamos a um dígito de mortalidade materno-infantil, mas tenho certeza de que vamos reduzir cada vez mais”, enfatizou o secretário de Saúde Pública de Praia Grande, Cleber Suckow Nogueira.
“A monitorização neurológica contínua oferece uma tecnologia nova, que poucos hospitais possuem. Isso vai promover um atendimento que diminui o tempo de hospitalização da criança, diminui o risco de sequelas neurológicas, levando também a menores custos para a Atenção à Saúde da população como um todo. É um novo passo, um novo propósito, um novo caminho e as crianças da nossa Cidade vão ser melhor atendidas com essa tecnologia”, complementou o diretor técnico do Complexo Hospitalar Irmã Dulce, Amer Khatib.
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Maternidade
Além de todo o acompanhamento realizado nas Unidades de Saúde da Família (Usafas), desde a gestação até o parto e os primeiros anos de vida, outro elemento fundamental para um atendimento materno-infantil de qualidade é a Maternidade do Hospital Municipal Irmã Dulce. O local recebeu reforço na equipe e conta com 26 leitos, além de 10 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal para atendimentos mais complexos e que, por isso, recebem pacientes de municípios próximos.
A Maternidade realiza uma triagem neonatal onde são feitos exames fundamentais para garantir a saúde do recém-nascido, como teste do pezinho, do coraçãozinho, da orelhinha, do olhinho, além da primeira vacinação. Na unidade também é incentivado o aleitamento materno desde os primeiros momentos do bebê, com equipe capacitada para dar as orientações para a mãe.
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Além disso, a mãe e a criança que recebem alta do hospital vão para casa com a consulta pré-agendada na Usafa para prosseguir o acompanhamento com a equipe da unidade, garantindo a continuidade do acesso à saúde dessa família.