Praia Grande
Dentre os temas levantados no evento pelo secretário estão a importância da inclusão de Praia Grande nas próximas etapas do VLT (Veículo leve sobre trilhos), a triplicação das faixas da Curva do S, entre outros
O evento foi coordenado pela Agência Metropolitana da Baixada Santista (Agem) / Divulgação/ PMPG
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Para apresentar diretrizes gerais e propostas de soluções integradas para o sistema de transporte da Região, foi realizado na última quinta-feira (20) o 1º Fórum Metropolitano de Mobilidade da Baixada Santista. O evento foi coordenado pela Agência Metropolitana da Baixada Santista (Agem) e representando Praia Grande esteve presente o secretário municipal de Transportes, Leandro Avelino, que também é coordenador da Câmara Temática de Mobilidade e Logística da Agem.
Dentre os temas levantados no evento pelo secretário estão a importância da inclusão de Praia Grande nas próximas etapas do VLT (Veículo leve sobre trilhos), a triplicação das faixas da Curva do S, legislação para os aplicativos de transporte de passageiros, entre outros.
O evento foi aberto ao público em geral de forma online e visou também promover o Plano Regional de Mobilidade Sustentável da Baixada Santista (PRMSL-BS) e mobilizar os atores políticos, institucionais e a sociedade da Região para participar da sua elaboração, sendo uma oportunidade de compreender, através de apresentações e discussões, quais as expectativas da população sobre o desenvolvimento do Plano.
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Praia Grande protocolou em fevereiro junto à Agem o projeto conceito do VLT na Cidade, que interligaria o Terminal Rodoviário Tude Bastos com a Área Continental de São Vicente. Ainda assim, Avelino salientou que é muito importante que o projeto também conste no PRMSL-BS. “A próxima etapa prevista é para Barreiros/Samaritá. O que queremos é mostrar a viabilidade de ter um ramal até Praia Grande, o que beneficiará não só a Cidade, mas também moradores dos demais municípios do Litoral Sul”, explicou.
O trecho que contemplaria Praia Grande conta com percurso com uma extensão de aproximadamente 5,3 km, saindo da Avenida Angelina Pretti da Silva, em São Vicente; com trecho aéreo e outro passando por faixa inabitada, além de, na sequência, seguir pela Rua José Bonifácio, no Bairro Sítio do Campo, até chegar ao Terminal Tude Bastos. O VLT é um sistema de transporte sobre trilhos que opera em uma plataforma separada do resto do tráfego.
Outro assunto abordado durante a participação de Praia Grande no fórum foi a triplicação do Viaduto da Curva do S na Cidade, que vai beneficiar cerca de 2 milhões de pessoas que passam pelo local diariamente, incluindo moradores de Praia Grande e do Litoral Sul, como explicou Avelino: “Fala-se em duplicação, mas a ideia na verdade é uma triplicação, pois assim deixaríamos uma via exclusiva para ônibus e caminhões, melhorando ainda mais a segurança viária e a liberação do fluxo de veículos”.
Sobre a importância da criação de normativas para aplicativos de transporte de passageiros, Avelino explicou que no âmbito da Câmara Temática de Mobilidade e Logística da Agem o assunto já está sendo discutido. “A ideia é utilizar como base a legislação já existente na Capital Paulista, com cobrança de preço público por crédito por quilometragem. Achamos extremamente importante esse tema também ser abordado no Plano Regional”.
Outro tema abordado pelo secretário de Praia Grande foi a necessidade de unificação do acesso às gratuidades no sistema de transportes. “Não é certo que as pessoas tenham que tirar vários cartões de gratuidade para utilizar linhas municipais, nas cidades da Região, e utilizar as intermunicipais. Além disso, já verificamos que a lista de CIDs, ou seja, de Classificação Internacional de Doenças, que a EMTU atende é inferior a dos sistemas municipais. É importante unificar isso”.
Além disso, outros temas foram destacados por Praia Grande durante o Fórum Metropolitano de Mobilidade da Baixada Santista: a necessidade de estudos para a revitalização do Viaduto Mário Covas, em São Vicente; a importância do controle de empresas de transportes de carga quanto ao local de estacionamento dos veículos; a integração de modais, como bicicleta/ônibus com a instalação de bicicletários em áreas de embarque; um Plano Cicloviário único para a Baixada Santista; abrigos diferenciados de embarque e desembarque de passageiros de linhas intermunicipais; e a fiscalização de fretamento turístico irregular.
Leandro Avelino explicou a importância do Fórum e, especialmente, da criação do Plano Regional de Mobilidade Sustentável da Baixada Santista. “Esse evento é a materialização de um desejo metropolitano antigo: o de ser criado um plano que possa nortear as ações das prefeituras na área. Nunca foi feito um estudo deste porte. Daí a importância da participação popular opinando e sugerindo metas a serem alcançadas pelo poder público".
Fórum
O evento foi dividido em 2 períodos. Na parte da manhã, o evento apresentou para o público um resumo do PRMSL-BS, com suas etapas de desenvolvimento, suas atividades e canais de participação social, e um panorama da mobilidade urbana na RMBS a partir da ótica das prefeituras dos nove municípios da Baixada.
No período da tarde, foram realizadas apresentações do Programa EUROCLIMA+ e da iniciativa Mobilise Your City, instituições promotoras do PRMSL-BS através da Secretaria de Desenvolvimento Regional do Estado de São Paulo e da AGEM – Agência Metropolitana da Baixada Santista. Foi apresentado também um caso de estudo sobre o Plano Metropolitano de Mobilidade Sustentável da Região Portuária de Marseille, na França.
Nos dois períodos, entre as apresentações, houve momentos de interação entre os palestrantes e o público em geral, através do envio de comentários pelos chats das plataformas de transmissão do evento e participação ao vivo dos convidados que estiveram conectados através da sala virtual do Fórum na plataforma Zoom.
Plano Regional
O PRMSL-BS é um plano de mobilidade regional que deverá apresentar diretrizes gerais e propostas de soluções integradas de transporte para a região metropolitana da Baixada Santista atendendo a princípios de sustentabilidade, equidade, gestão participativa e inclusão social.
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