Esse serviço costuma ser indicado especialmente para aqueles imóveis de veraneio, em que o proprietário deixa muito tempo fechado e não consegue limpar a piscina regularmente / Fred Casagrande/PMPG
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Praia Grande vem utilizando um mecanismo simples no combate ao Aedes Aegypti, que transmite os vírus da dengue, chikungunya e zika, com a colocação de peixes em grandes locais com água parada. Conhecidos popularmente como Barrigudinho (poecilia reticulata) e lebiste, estes peixinhos se alimentam com as larvas e os ovos do Aedes Aegypti e de outros mosquitos, evitando a proliferação das arboviroses.
Esse serviço costuma ser indicado especialmente para aqueles imóveis de veraneio, em que o proprietário deixa muito tempo fechado e não consegue limpar a piscina regularmente. Para evitar que o mosquito da dengue se crie no local, as equipes da Saúde Ambiental depositam os peixes na piscina. Esses pequenos seres se alimentam dos micro-organismos formados e, claro, das larvas e ovos.
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“A colocação desses peixes nas piscinas faz parte do controle biológico que utilizamos e surte bastante efeito. E ainda ajuda muito economicamente porque evita de a pessoa ter que limpar sempre a piscina e colocar cloro”, afirma a diretora da Divisão de Saúde Ambiental, Maria Fernanda Gonçalves
Mas atenção! As piscinas que recebem o Barrigudinho não podem ter nenhum outro tipo de tratamento, como cloro, água sanitária ou sal, pois esses componentes matam esse peixe. Ou seja, se a pessoa limpa regularmente a piscina, já está combatendo a dengue e não precisa do peixinho.
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“O ideal nesses casos é a piscina estar suja, com água turva, pois, assim, vai haver o micro-organismo para o peixe se alimentar, além do pH estar propício para que ele fique vivo. O peixe é larvófago, portanto, vai se alimentar das larvas e dos ovos que eclodirem na piscina”, explica Maria Fernanda.
Basta aplicar os peixes uma vez na piscina que o tratamento contra a dengue está garantido. “Esses peixes se multiplicam muito fácil, tem piscinas de casas de temporada que ficam um longo tempo sem uso e que a gente aproveita para ser nossos tanques, ou seja, nós vamos até lá para pegar os peixes para fazer a distribuição em outros lugares”, conta.
Esses peixes também são aliados nas grandes obras, pois eles são colocados no fosso do elevador assim que é feita a fundação do edifício. Isso porque, esses locais costumam reter água por longos períodos.
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Em caso de denúncia sobre foco de dengue, ou solicitação dos peixes, o munícipe deve entrar em contato com a Ouvidoria SUS (telefones 0800-773-3020 / 3472-9764, e-mail: [email protected] ou presencialmente na Rua João de Souza, s/n°, Mirim, segunda à sexta, das 9h às 16h). Com a solicitação aberta, a equipe da Saúde Ambiental é acionada para fazer uma vistoria no imóvel.
Os agentes de combate às endemias estão percorrendo os bairros e visitando as residências para a realização do bloqueio de criadouros, além de orientar a população para evitar o surgimento de locais propícios para a criação de larvas do vetor das doenças. As equipes também têm feito a Avaliação de Densidade Larvária (ADL), coleta de larvas de mosquito nos imóveis para saber quais bairros concentram a maior quantidade e ajudar a direcionar as ações dos profissionais.
Praia Grande também tem reforçado os trabalhos de nebulização com a máquina pulverizadora acoplada ao carro, conhecido popularmente como fumacê. Atualmente, as ações ocorrem no Bairro Canto do Forte, após passar por Guilhermina e Tupi. Ao mesmo tempo, segue o trabalho de nebulização com a máquina costal em áreas de casos confirmados.
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Outra iniciativa é a visita a obras e pontos estratégicos, casos de cemitério, desmanche de veículos, borracharias e locais de reciclagem de materiais. Ainda fazem parte das atividades as campanhas educativas nas unidades de saúde e nas escolas municipais, por meio do setor de Informação, Educação e Comunicação (IEC), da Divisão de Saúde Ambiental.
O uso das armadilhas ovitrampas, criadas para capturar o mosquito Aedes Aegypti, é mais uma arma na luta contra a dengue. Instaladas em lugares de maior risco, as armadilhas seguem sob monitoramento e servem para indicar os tipos de mosquitos que estão sobrevoando por aquele local, ampliando as possibilidades de vigilância e ação dos técnicos da Sesap.
A Prefeitura de Praia Grande decretou em 8 de março situação de emergência em saúde pública para a dengue. Essa medida permite adotar todas as medidas administrativas necessárias a fim da imediata resposta por parte da Administração Municipal, visando o enfrentamento das arboviroses urbanas. Foi criado ainda o Centro de Enfrentamento das Arboviroses Urbanas de Praia Grande (CEAU-PG), que reúne diversas secretarias, instituições de saúde e órgãos públicos para fortalecer as atividades educativas.
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Faça a sua parte – A população também precisa fazer a sua parte na guerra contra o mosquito Aedes Aegypti, pois mais de 90% dos focos do mosquito estão nas residências. Veja como:
- Mantenha a caixa d’água bem fechada e coloque uma tela no ladrão da caixa d’água;
- Remova folhas, galhos e tudo que possa impedir a água de correr pelas calhas;
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- Elimine os pratinhos de vasos de plantas ou coloque areia até a borda do prato;
- Mantenha os ralos telados e limpos jogando sal e cloro;
- Mantenha latas e garrafas com a boca virada para baixo e pneus em locais cobertos;
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- Faça sempre a manutenção de piscinas ou fontes usando os produtos químicos apropriados.
Outra dica é descartar os pneus velhos e outros itens que acumulam água em um dos Ecopontos do Município. Os endereços podem ser consultados na Carta de Serviços, disponível no site (www.praiagrande.sp.gov.br).
Em caso de sintomas como febre alta de início súbito, dores pelo corpo e articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo, a pessoa pode procurar a Unidade de Saúde da Família (Usafa) na qual está cadastrada. Em caso de sangramento, dor abdominal intensa, vômitos persistentes, aumento do fígado ou acúmulo de líquido, o munícipe deve se dirigir às Unidades de Pronto-Atendimento (UPA) Samambaia ou Quietude ou o Pronto-Socorro Central, no Bairro Guilhermina.
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