SÉRIE 'SALVE O CLIMA'

Praia Grande tem plano de contingência para possíveis deslizamentos e inundações

Cidade adota medidas de prevenção, com ajuda da Defesa Civil, para monitorar índices pluviométricos e áreas suscetíveis a deslizamentos e inundações

Luana Fernandes

Publicado em 15/10/2023 às 07:00

Compartilhe:

Deslizamentos e inundações estão entre as principais preocupações da Prefeitura de Praia Grande / Divulgação/PMPG

Deslizamentos e inundações estão entre as principais preocupações da Prefeitura de Praia Grande com os transtornos causados pelos altos índices pluviométricos e os prejuízos causados pelo estado de emergência climática que atinge todas as cidades do mundo. Complementando mais a série ‘Salve o Clima’, desenvolvida pela reportagem do Diário do Litoral com todos os municípios da Baixada Santista, a Cidade mostra quais cuidados foram tomados para evitar problemas causados pela chuva.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.


Segundo a Administração Municipal, a Defesa Civil de Praia Grande implanta o Plano Preventivo de Defesa Civil (PPDC) anualmente entre 01 de dezembro e 31 de março do ano seguinte, podendo ser prorrogado caso as chuvas persistam. No plano são adotadas medidas de monitoramento dos índices pluviométricos através dos pluviômetros automáticos do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN), com vistorias nas áreas de riscos a deslizamentos e inundações, quando emitidos os alertas pelo Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (CENAD) pelas equipes da Defesa Civil e Guarda Civil Municipal Ambiental.

“Durante o PPDC são emitidos os alertas pelo CENAD, caso os índices pluviométricos ultrapassem os limites estabelecidos e também os alertas emitidos pela Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (CEPDEC ), através do SMS 40199, no qual os munícipes podem se cadastrar para receber os alertas”, explica a Prefeitura através de nota encaminhada à reportagem do DL.

Além disso, Praia Grande realiza constantemente estudos de mapeamentos para as áreas suscetíveis a deslizamentos e inundações/alagamentos pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e o Serviço Geológico do Brasil da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), contando inclusive com um plano de contingência direcionado a estes fenômenos.

Educar para prevenir

A Prefeitura de Praia Grande também utiliza a educação para conscientizar a população sobre os cuidados com o meio ambiente e as formas de ajudar a evitar grandes transtornos ambientais. Para isso, a Defesa Civil da Cidade conta com um trabalho voltado para a prevenção chamado Defesa Civil nas Escolas, onde os alunos recebem de forma lúdica o conhecimento básico sobre as atribuições da Defesa Civil. 

Outra forma de prevenir é educar os próprios servidores. “A Secretaria de meio Ambiente (Sema) participou da capacitação sobre Adaptação às Mudanças Climáticas com foco em recursos hídricos”, explica. O curso ocorreu para a região da Baixada, realizado com apoio financeiro do FEHIDRO e Comitê da Bacia Hidrográfica da Baixada Santista (CBH-BS), em 2019.  

A Cidade também está reunida aos demais municípios da Região para tratar sobre as mudanças climáticas que a Baixada poderá sofrer nos próximos anos. “No fim de 2022 ocorreu a divulgação do Plano Regional de Adaptação e Resiliência Climática da Baixada Santista, que contou com a atuação de representantes dos municípios realizando várias discussões com apoio da Agência Metropolitana da Baixada Santista (AGEM)”, finaliza.

Série ‘Salve o Clima’

Muito se fala sobre o que as mudanças climáticas podem fazer com o futuro da humanidade. A onda de calor que o Brasil enfrentou nas últimas semanas já dá sinal de que o tema não é algo a ser pensado na próxima década. É urgente e é para agora. Desde o início deste século, a preocupação com o assunto vem se tornando relatórios, estudos e teses para cientistas e ativistas pelo mundo. No entanto, na última década, manifestações de ativistas como Greta Thunberg e negacionistas do clima como Elon Musk colocam o holofote mais forte sobre a causa.

Para dar luz a esta causa, o Diário do Litoral preparou uma série de reportagens para mostrar o que as nove prefeituras da Região têm feito para se enfrentar o estado de emergência climática. A Baixada Santista tem um histórico de sofrimento com as mudanças climáticas, causado por chuvas torrenciais, enchentes, deslizamento de terra nos morros e avanço do mar. Por isso, começamos nossa série com a cidade de Santos, que foi a primeira cidade do Brasil a se preocupar com o tema criando o Plano Municipal Mudanças Climáticas, em 2016.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Cotidiano

Jovem de 14 anos desaparece em rio do Vale do Ribeira

Garoto nadava em rio na companhia de outros menores quando acabou levado pela correnteza

Diário Mais

Conheça a história do avião que voou 120 km sem combustível

Foi o voo planado mais longo da história com um avião de passageiros

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter