SÉRIE 'SALVE O CLIMA'
Cidade adota medidas de prevenção, com ajuda da Defesa Civil, para monitorar índices pluviométricos e áreas suscetíveis a deslizamentos e inundações
Deslizamentos e inundações estão entre as principais preocupações da Prefeitura de Praia Grande / Divulgação/PMPG
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Deslizamentos e inundações estão entre as principais preocupações da Prefeitura de Praia Grande com os transtornos causados pelos altos índices pluviométricos e os prejuízos causados pelo estado de emergência climática que atinge todas as cidades do mundo. Complementando mais a série ‘Salve o Clima’, desenvolvida pela reportagem do Diário do Litoral com todos os municípios da Baixada Santista, a Cidade mostra quais cuidados foram tomados para evitar problemas causados pela chuva.
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Segundo a Administração Municipal, a Defesa Civil de Praia Grande implanta o Plano Preventivo de Defesa Civil (PPDC) anualmente entre 01 de dezembro e 31 de março do ano seguinte, podendo ser prorrogado caso as chuvas persistam. No plano são adotadas medidas de monitoramento dos índices pluviométricos através dos pluviômetros automáticos do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN), com vistorias nas áreas de riscos a deslizamentos e inundações, quando emitidos os alertas pelo Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (CENAD) pelas equipes da Defesa Civil e Guarda Civil Municipal Ambiental.
“Durante o PPDC são emitidos os alertas pelo CENAD, caso os índices pluviométricos ultrapassem os limites estabelecidos e também os alertas emitidos pela Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (CEPDEC ), através do SMS 40199, no qual os munícipes podem se cadastrar para receber os alertas”, explica a Prefeitura através de nota encaminhada à reportagem do DL.
Além disso, Praia Grande realiza constantemente estudos de mapeamentos para as áreas suscetíveis a deslizamentos e inundações/alagamentos pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e o Serviço Geológico do Brasil da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), contando inclusive com um plano de contingência direcionado a estes fenômenos.
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Educar para prevenir
A Prefeitura de Praia Grande também utiliza a educação para conscientizar a população sobre os cuidados com o meio ambiente e as formas de ajudar a evitar grandes transtornos ambientais. Para isso, a Defesa Civil da Cidade conta com um trabalho voltado para a prevenção chamado Defesa Civil nas Escolas, onde os alunos recebem de forma lúdica o conhecimento básico sobre as atribuições da Defesa Civil.
Outra forma de prevenir é educar os próprios servidores. “A Secretaria de meio Ambiente (Sema) participou da capacitação sobre Adaptação às Mudanças Climáticas com foco em recursos hídricos”, explica. O curso ocorreu para a região da Baixada, realizado com apoio financeiro do FEHIDRO e Comitê da Bacia Hidrográfica da Baixada Santista (CBH-BS), em 2019.
A Cidade também está reunida aos demais municípios da Região para tratar sobre as mudanças climáticas que a Baixada poderá sofrer nos próximos anos. “No fim de 2022 ocorreu a divulgação do Plano Regional de Adaptação e Resiliência Climática da Baixada Santista, que contou com a atuação de representantes dos municípios realizando várias discussões com apoio da Agência Metropolitana da Baixada Santista (AGEM)”, finaliza.
Série ‘Salve o Clima’
Muito se fala sobre o que as mudanças climáticas podem fazer com o futuro da humanidade. A onda de calor que o Brasil enfrentou nas últimas semanas já dá sinal de que o tema não é algo a ser pensado na próxima década. É urgente e é para agora. Desde o início deste século, a preocupação com o assunto vem se tornando relatórios, estudos e teses para cientistas e ativistas pelo mundo. No entanto, na última década, manifestações de ativistas como Greta Thunberg e negacionistas do clima como Elon Musk colocam o holofote mais forte sobre a causa.
Para dar luz a esta causa, o Diário do Litoral preparou uma série de reportagens para mostrar o que as nove prefeituras da Região têm feito para se enfrentar o estado de emergência climática. A Baixada Santista tem um histórico de sofrimento com as mudanças climáticas, causado por chuvas torrenciais, enchentes, deslizamento de terra nos morros e avanço do mar. Por isso, começamos nossa série com a cidade de Santos, que foi a primeira cidade do Brasil a se preocupar com o tema criando o Plano Municipal Mudanças Climáticas, em 2016.
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