A energia solar é considerada uma fonte limpa, que não produz resíduo ou poluição / Divulgação
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Cada vez mais, Praia Grande se torna uma Cidade consciente ao buscar mecanismos para superar os principais desafios de desenvolvimento enfrentados no Brasil e no mundo. Dentro da Agenda 2030, um pacto global assinado durante a Cúpula das Nações Unidas, em 2015, existe 17 ODSs (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável). Para contribuir com uma das metas estabelecidas, as escolas municipais de Praia Grande passarão a contar com a tecnologia de energia solar.
De acordo com a ODS 7, que trata sobre Energia Limpa e Acessível, as cidades, estados e países devem garantir acesso à energia barata, confiável, renovável e sustentável para todos. Foi com base neste objetivo, que as secretarias de Educação (Seduc), Obras Públicas (Seop) e Urbanismo (Seurb) estudaram a possibilidade de instalar a tecnologia nas escolas municipais.
O planejamento prevê a construção de quatro novas escolas que contarão com as placas fotovoltaicas para a captação de energia solar. Outras duas unidades de ensino e o prédio administrativo da Seduc, que passarão por obras de ampliação e reforma, respectivamente, também receberão a tecnologia sustentável. Além destes, as pastas municipais analisam a extensão do sistema para beneficiar todas as 78 escolas municipais.
Ao colocar em prática o projeto sustentável, Praia Grande se enquadra no ainda pequeno grupo que usa a energia solar. Segundo dados do Sistema Integrado Nacional (SIN), do total de energia consumida no País, apenas 6,6% consiste deste tipo de tecnologia. O montante maior ainda vem das Usinas Hidrelétricas, que corresponde à 76,8%. Os demais 16,6% são provenientes de sistemas como Nuclear, Eólica e Térmica.
Segundo o diretor do Departamento de Obras de Educação, Diego Jorge de Melo Lacerda, um dos responsáveis pelos estudos e elaboração dos projetos de energia solar nas escolas municipais, com a nova sistemática Praia Grande contribui para diminuir os impactos no meio ambiente. “Trata-se de uma fonte renovável. Que não precisa degradar ou desmatar a natureza, como se faz necessário para a instalação de uma Usina Hidrelétrica, por exemplo”.
Mas a contribuição não será apenas ao meio ambiente, a utilização da energia sustentável traz também o benefício econômico. A previsão é de que, dependendo das circunstâncias climáticas, em alguns meses, o consumo seja de até 90% nas contas de luz dos prédios da Secretaria de Educação. “Pode ser que, em alguns casos, a unidade de ensino não pague conta de luz, pois a energia solar gerada foi o suficiente. E que, inclusive, fique com uma margem de crédito e que desconte em contas futuras”, explicou Lacerda.
Parceria - A Subsecretaria de Projetos Especiais, da Secretaria de Urbanismo, ficou responsável em projetar como funcionará o sistema de energia solar e quais adaptações se fazem necessárias nos prédios. Um ponto que será diferente nas novas escolas, em comparação às já existentes, diz respeito a criação de um espaço nos telhados das unidades. “Projetamos área maior de circulação para que as placas fotovoltaicas sejam limpas quando precisar. Assim, o funcionário poderá percorrer todo o telhado e executar o serviço”, explicou o arquiteto, Daniel Wurglistsch.
Segundo o secretário adjunto, André Luiz de Sousa Cappra, o sistema de captação de energia solar está entre uma série de ações que a Administração Municipal adotará para trazer um olhar ainda mais ecológico para as escolas municipais. “As novas unidades de ensino contarão com outras iniciativas que trarão essa característica de contribuir para o meio ambiente, sempre com um pensamento sustentável”, destacou.
“Colocaremos nas escolas municipais o mesmo sistema que está sendo instalado no telhado do Hospital Municipal Irmã Dulce”, completou Cappra. “Atendendo as diretrizes traçadas pela prefeita, Raquel Chini, temos como objetivo estender o sistema de energia solar para os demais prédios municipais. Seja para novos projetos ou mesmo para os equipamentos já existentes. Não apenas da Seduc, mas atender também as demais secretarias onde a edificação permita que seja feita a instalação das placas”.
Como funciona – A energia solar fotovoltaica consiste da conversão direta da radiação em energia elétrica. Posicionados no telhado dos prédios, os painéis absorvem os raios UV emitidos pelo sol e os convertem em corrente contínua. Essa energia captada segue até um equipamento nomeado inversor, que tem a função de transformá-la em corrente alternada, que é o tipo de sistema elétrico usado nas tomadas e lâmpadas.
Constituído por painéis, módulos e equipamentos elétricos, o sistema fotovoltaico não exige um ambiente com alta radiação para funcionar. No entanto, a quantidade de energia produzida depende da densidade das nuvens. Ou seja, quanto menos nuvens houver no céu, maior será a produção de eletricidade. Essa forma de obtenção de energia vem crescendo cada vez mais em virtude da redução dos preços e dos incentivos oferecidos para que os países adotem fontes renováveis de energia.