Praia Grande

Em Praia Grande, Cidade da Criança pode ter 1º hospital infantil do câncer da Região

Diretoria revela que entidade da Praia Grande poderá sediar o primeiro hospital infantil do câncer da Baixada Santista

Carlos Ratton

Publicado em 11/10/2020 às 10:05

Atualizado em 12/10/2020 às 12:31

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Instituto deverá reformar imóveis e adaptá-los para a construção do hospital na Cidade da Criança. / NAIR BUENO/DIÁRIO DO LITORAL

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A Cidade da Criança, complexo que fica na Rua Adriano Dias dos Santos, no Jardim Solemar II, em Praia Grande, poderá sediar o primeiro hospital do câncer voltado ao atendimento de crianças e adolescentes da Baixada Santista.

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A informação é da presidente da entidade, Cláudia Lima, e da vice-presidente, Glória Lourenço.

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A proposta vem sendo discutida desde março último e será uma parceria da entidade, fundada em 1960, com apoio de empresários e beneméritos da Baixada Santista, com o Instituto Desperta Brasil.

A instituição cederá uma área de 1.400 metros quadrados por 30 anos, renováveis por mais 30, em comodato. O projeto custará R$ 4,7 milhões.

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SUSTENTÁVEL

"Será um projeto sustentável. Terá energia solar, reservatório para águas pluviais, sistema de tratamento de esgoto com biogestor, estação de recarga para veículos elétricos e integração com a comunidade local. Estamos recebendo uma carta de intenções para aprovação da diretoria", afirma Cláudia, acreditando que o hospital alavancar a Cidade da Criança.

Segundo conta a presidente, com mais R$ 6 milhões em investimentos, a Cidade da Criança pode ser completamente reconstruída e desenvolver uma série de projetos de acolhimento à crianças (sua principal vocação) e à família, visando geração de renda e emprego. "É preciso apenas que um investidor acredite na entidade, pois já temos o projeto arquitetônico ecológico para revitalização", completa.

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ALTOS E BAIXOS

Nas últimas décadas, com os vários altos e baixos da economia, a entidade passou a ter dificuldades para sobreviver. A Cidade da Criança chegou a ser considerada pela Unesco referência internacional no atendimento a adolescentes na década de 70, mas acabou perdendo o principal objetivo e entrando em decadência física. São 600 mil metros quadrados (200 de área ocupada e 400 só de área preservada) praticamente ociosos.

A área possui um campo de futebol oficial com vestiários e arquibancadas; uma quadra esportiva; oito pavilhões com 200 metros quadrados cada; alojamentos; um conjunto de seis casas e oito pequenos apartamentos, uma usina elétrica, uma lagoa com superfície de quatro mil metros quadrados; uma igreja e uma sede de 400 metros quadrados, com um consultório dentário montado, entre outros imóveis. No entanto, a maioria está sucateada.

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"Temos certeza que muitos imóveis aqui da Cidade da Criança podem ser reformados e transformados em sede de grandes projetos. A nossa diretoria está buscando parceiros e sei que eles logo virão assim que o hospital começar funcionar", revela.

PRIVADA

A Direção da Associação lembra que a área da Cidade da Criança é privada e que o proprietário proíbe que o objeto da entidade (assistência à criança) seja mudado. Conforme a escritura de doação, de 27 de julho de 1960, o imóvel não pode ser vendido, permutado, onerado e nem arrendado.

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Caso a finalidade não seja cumprida ou abandonada, a área volta aos doadores ou sucessores. A decretação de utilidade pública também não pode ser suspensa.

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