Praia Grande

Com a orla mais vazia, Praia Grande registra aparecimento de várias espécies de pássaros

Praias vazias fizeram com que a natureza retomasse seu lugar

Da Reportagem

Publicado em 03/04/2020 às 15:10

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Entre as espécies que estão 'visitando' Praia Grande com mais frequência estão bandos de Gaivotão, Trinta-Réis, Talha-mar, Garças, Biguás, Quero-quero e Maçarico / Jairo Marques / Prefeitura Municipal de Praia Grande

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Pássaros, água cristalina e pequenos bancos de areia. Essa é a nova paisagem das praias de Praia Grande desde que a circulação de pessoas na faixa de areia foi determinada como parte das ações de combate ao coronavírus, há cerca de 15 dias. A mudança na paisagem é consequência das praias vazias.

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O “fenômeno” foi observado pelo inspetor da Guarda Costeira, que integra a Guarda Civil Municipal (GCM) da Cidade, Delfo Monsalvo e suas equipes. Eles fazem parte da força-tarefa que tem sido realizada juntamente com a equipes da Defesa Civil, fiscais da Secretaria de Urbanismo (Seurb) e guarda-vidas do Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar). “Como esse trabalho de percorrer as praias já fazia parte da nossa rotina, foi bem evidente a mudança. Temos visto espécies que antes ficavam apenas próximo a encosta do morro da Fortaleza de Itaipu - que é bem vazia – também na faixa de areia de praticamente toda extensão da orla”.

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Ele conta ainda que o mar também está diferente. “A água está mais cristalina, mesmo na parte mais rasa. E isso colabora no aparecimento de aves de várias espécies, pois elas conseguem “enxergar” melhor os peixes para capturá-los para se alimentarem”. Pequenos bancos de areia também são vistos segundo ele. “É a natureza retomando seu lugar. Entendo que isso tudo serve para refletirmos também sobre o que estamos fazendo com nosso planeta”.

Entre as espécies que estão “visitando” Praia Grande com mais frequência, segundo o inspetor, estão bandos de Gaivotão, Trinta-Réis, Talha-mar, Garças, Biguás, Quero-quero e Maçarico.

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Dados da Secretaria de Serviços Urbanos (Sesurb), responsável pela limpeza das praias, corroboram a observação do inspetor. A média de lixo recolhido na orla nos meses de abril dos anos anteriores é de 27 toneladas por dia. Com o fechamento da orla (dentro das ações de contenção da pandemia do Covid-19), a redução foi de praticamente 100% na quantidade de lixo recolhido, uma vez que desde o início desta determinação a Sesurb tem constatado somente a necessidade de serviços de melhorias da areia como, por exemplo, a aeração do solo.

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