Política

Facada e cirurgias são obstáculos em histórico de saúde de Bolsonaro; relembre casos

O presidente Jair Bolsonaro (PL) interrompeu um período de férias no litoral de Santa Catarina e foi levado a um hospital de São Paulo na madrugada desta segunda-feira (3) para fazer exames

Luana Fernandes

Publicado em 03/01/2022 às 19:01

Atualizado em 03/01/2022 às 19:08

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Bolsonaro foi atacado na cidade de Juiz de Fora (MG) / Reprodução

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O presidente Jair Bolsonaro (PL) interrompeu um período de férias no litoral de Santa Catarina e foi levado a um hospital de São Paulo na madrugada desta segunda-feira (3) para fazer exames.

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O hospital Vila Nova Star, onde ele foi internado, informou que Bolsonaro tem quadro "estável", mas que, no momento, não há previsão de alta.

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A nota diz que ele "deu entrada na unidade na madrugada desta segunda-feira devido a um quadro de suboclusão intestinal".

O tratamento, afirma o hospital, será reavaliado pela equipe do médico-cirurgião Antônio Luiz Macedo, que operou Bolsonaro após a facada de 2018 e acompanha a saúde do presidente.

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O presidente disse em redes sociais ter passado mal após o almoço de domingo (2) e que "exames serão feitos para possível cirurgia de obstrução interna na região abdominal".

Veja abaixo alguns obstáculos no histórico de saúde de Bolsonaro desde a facada que levou em Juiz de Fora (MG) em setembro de 2018.

Facada e primeira cirurgia (6.set.18): Bolsonaro, então candidato do PSL à Presidência, sofre um atentado a faca durante um ato de campanha na cidade de Juiz de Fora (MG). Ao chegar na unidade de saúde local, passa por um ultrassom e é encaminhado ao centro cirúrgico.

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Segunda cirurgia (12.set.18): Bolsonaro passa por uma cirurgia de emergência no hospital Albert Einstein, em São Paulo, para onde foi transferido um dia após o atentado.

O resultado de uma tomografia levou a equipe médica a submetê-lo a um novo procedimento em que foram retiradas aderências que obstruíram o intestino delgado, e corrigida uma fístula surgida em uma das suturas feitas na operação inicial após o atentado. Ele só deixou a UTI em 16 de setembro, quatro dias depois

Alta (29.set.18): O então candidato recebe alta, 23 dias depois de chegar ao hospital Albert Einstein, em São Paulo.

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Ausência em debates (18.out.18): Na época dos debates, Bolsonaro justificava sua falta por problemas de saúde. Em outubro, após deixar a casa do então candidato, o médico cirurgião Antonio Luiz Macedo disse à Folha de S.Paulo que a participação dependia de Bolsonaro, "por causa da colostomia".

Terceira cirurgia (28.jan.19): Já como presidente, Bolsonaro passa por um novo procedimento, com sete horas de duração, para retirada da bolsa de colostomia. Ele havia sido internado no dia anterior. Estavam previstas três horas de cirurgia, mas a grande quantidade de aderências (partes do intestino que ficam coladas) levou a equipe médica a executar um procedimento mais complexo e demorado do que se esperava.

Pneumonia (7.fev.19): Após 11 dias de internação no hospital Albert Einstein, em São Paulo, por causa de sua terceira cirurgia, o presidente Jair Bolsonaro volta a ter febre na noite do dia 6, e uma tomografia detecta pneumonia. No dia 13, recebe alta.

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Quarta cirurgia (8.set.19): Bolsonaro volta ao hospital. Os médicos corrigem uma hérnia que surgiu na região do abdômen em decorrência das múltiplas incisões feitas no local nos últimos meses. A operação dura cinco horas e é considerada bem-sucedida. Ele recebe alta no dia 16 de setembro.

Suspeita de câncer de pele (11.dez.19): Bolsonaro passa por um procedimento para retirar pintas, segundo aliados. Em seguida, é realizada uma cauterização no local. Em junho, ele já havia sido submetido a processo semelhante e, segundo o próprio presidente, havia "suspeita de câncer de pele", o que não foi confirmado.

Queda no banheiro (23.dez.19): Presidente passa a noite no Hospital das Forças Armadas, em Brasília, após sofrer uma queda no banheiro.

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Viagem aos Estados Unidos (12.mar.20): Após uma missão oficial aos Estados Unidos, Bolsonaro e toda a comitiva passam por exames para detecção do coronavírus. O presidente informa que o resultado do seu teste foi negativo, mas 19 pessoas que estiveram na viagem contraíram a doença.

Gripezinha (20.mar.20): O presidente minimiza a gravidade da Covid-19 e afirma que só faria um novo exame para saber se foi contaminado em caso de recomendação do médico da Presidência da República.
Em entrevista à imprensa, na qual vestia uma máscara cirúrgica, o presidente afirma que sobreviveu a uma facada na campanha eleitoral de 2018 e diz que não vai ser uma "gripezinha" que irá derrubá-lo.

Resultado negativo para coronavírus (12.mai.20): Bolsonaro divulga seus testes a pedido do Supremo Tribunal Federal. Os três exames deram negativo. O presidente usou codinomes para realizá-los.

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Resultado positivo para coronavírus (6.jul.20): Após sentir sintomas leves, Bolsonaro faz novos testes e confirma que contraiu Covid-19. O presidente aproveita o anúncio do resultado do teste, para defender a hidroxicloroquina como medicamento eficaz para o tratamento da doença, mesmo sem comprovação científica de sua eficácia. Ele afirmou que está tomando a droga.

Cálculo na bexiga (25.set.2020): O presidente foi submetido a uma nova cirurgia para a retirada de um cálculo na bexiga. O procedimento, realizado também em São Paulo, não teve cortes e foi feito a laser.

Crise de soluço (Jul. 2021): Em meio ao momento mais turbulento de seu governo, Bolsonaro lida com mais uma crise, que, embora tenha a ver com saúde, não está relacionada com a compra de vacinas -a de soluços. Foram 11 dias de reiteradas interrupções em interações com apoiadores, live e entrevista por causa de contrações involuntárias do diafragma.

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Dores abdominais e internação (14.jul.2021): Bolsonaro dá entrada para exames no HFA (Hospital das Forças Armadas) com dores abdominais. Depois, é internado no hospital Vila Nova Star, na zona sul de São Paulo, em razão de obstrução intestinal.

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