Polícia

Tropas especiais da PM vão atuar em policiamento nas praias do Rio

Determinação vem após arrastões como o de Ipanema. Mais de 700 agentes de segurança devem ser mobilizados para participar das operações

Publicado em 25/09/2015 às 10:55

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Acostumado a enfrentar traficantes armados de fuzis em favelas, o Comando de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar (PM), do qual o Batalhão de Operações Especiais (Bope) faz parte, atuará nas praias da zona sul no próximo fim de semana. A tarefa será impedir que haja arrastões.

A nova estratégia de policiamento da orla foi anunciada ontem. Por causa da violência dos ataques a banhistas no sábado e domingo passados - e da anunciada ação de justiceiros contra os assaltantes -, a Secretaria de Segurança decidiu recorrer às tropas mais especializadas.

A PM informou que mobilizará “mais de 700 agentes” (o número exato não foi divulgado, mas é aproximadamente o mesmo do ano passado). Serão policiais de batalhões comuns e dos batalhões de Choque, de Ações com Cães e de Policiamento em Grandes Eventos, além do Regimento de Polícia Montada. Na areia vão atuar policiais do Batalhão de Policiamento em Grandes Eventos, “capacitados para trabalhar em aglomerações e com armamento não-letal e uso progressivo da força”. As delegacias da zona sul terão equipes reforçadas para agilizar o atendimento às ocorrências.

Menores praticaram arrastão em Ipanema e acabaram detidos pela PM (Foto: Alessandro Buzas/Estadão Conteúdo)

A Prefeitura do Rio também participará da ação, com guardas municipais e agentes das secretarias de Ordem Pública e Desenvolvimento Social. Estes terão a função de atuar com a PM nas revistas de ônibus que saem dos subúrbios rumo à zona sul e de identificar adolescentes que estejam em situação de vulnerabilidade.

“A gente precisou montar uma operação de guerra para que as pessoas frequentem a praia. Isso deveria provocar uma reflexão. A praia costuma ser um símbolo da democracia”, disse o coronel Íbis Pereira, chefe de gabinete do Comando Geral da PM, durante audiência pública sobre arrastões, realizada nessa quinta na Assembleia Legislativa.

O oficial afirmou que não cabe à corporação prevenir os arrastões. “Esses garotos estão querendo visibilidade. Estão querendo ser vistos, porque são invisíveis. O crime começa quando a gente nega reconhecimento”, declarou.

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