Polícia

Três ônibus são incendiados em reintegração na USP

A área, próximo ao portão 3 da universidade, havia sido invadida na última sexta-feira, 19. Segundo a Polícia Militar, o cumprimento da reintegração começou por volta das 6 horas

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 23/12/2014 às 19:56

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

Três ônibus foram incendiados durante a reintegração de posse de um terreno da Universidade de São Paulo (USP), no Butantã, na zona oeste da capital paulista, na manhã desta terça-feira. A área, próximo ao portão 3 da universidade, havia sido invadida na última sexta-feira, 19.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

Segundo a Polícia Militar, o cumprimento da reintegração começou por volta das 6 horas. Cerca de três horas depois, um grupo, que se opunha à desocupação da área, parou os coletivos, ateou fogo e, depois, fugiu.

Continua depois da publicidade

Leia Também

• Polícia Federal prende no Paraguai traficante e chefe do Comando Vermelho

• Uso de armas não letais por policiais é prioridade no país a partir de hoje

• Sobrevivente pode ser testemunha do assassinato de ativista LGBT

Ainda de acordo com a PM, não foi preciso fazer uso de balas de borracha nem de bombas de efeito moral. A corporação também afirma que ninguém foi detido. Por volta das 10h30, a situação já estava normalizada e a reintegração continuou normalmente, disse a PM.

A ocupação, com cerca de 300 moradores da Favela São Remo, localizada nas proximidades do campus, recebeu apoio institucional do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp). A entidade , no entanto, afirma não ter organizado nem participado da invasão.

Continua depois da publicidade

“Metade desse pessoal é funcionário terceirizado da USP, o sindicato, até por estatuto, defende todos que trabalham na universidade”, disse o presidente do Sintusp, Magno de Carvalho. "Boa parte dos terceirizados mora na São Remo", afirmou. Carvalho disse, ainda, que os ocupantes não foram avisados da reintegração.

Em nota, a USP informou que a liminar para reintegração foi concedida no último domingo, 21. A universidade reconheceu, ainda, “a gravidade dos problemas sociais e habitacionais da população, evidentes na área adjacente já ocupada da Comunidade São Remo”, mas afirmou ter “responsabilidade de manter a integridade dos espaços que compõem o patrimônio da Universidade incluindo a área desocupada necessária para as suas atividades.”

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software