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O tradutor Carlos Macchione de Sampaio, de 39 anos, foi preso em flagrante, na madrugada de ontem, sob a acusação de matar a própria mãe, a professora aposentada Claudia Macchione de Sampaio, de 74. O homicídio ocorreu no apartamento onde ambos residiam, na Avenida Conselheiro Nébias, 849, em Santos, próximo à Orla.
Por volta de 00h30, o corpo da vítima foi encontrado dentro de uma mala de viagem, na frente do edifício. Um morador de rua, ao abrir o zíper da mala, se deparou com o cadáver e informou o fato ao porteiro do edifício Caiçara, que reconheceu a moradora. A idosa morreu em decorrência de várias lesões no crânio.
Quando policiais chegaram ao edifício foram informados pelo porteiro que o filho de Claudia foi visto dispensando a mala na frente do prédio, pouco antes da localização do corpo. Na sequência, os policiais subiram ao apartamento e detiveram o tradutor, que abriu a porta já com as mãos à cabeça.
Questionado sobre o crime, o acusado se limitou a dizer que “estava dormindo e que não sabia o que havia ocorrido”.
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Carlos foi conduzido para a Central de Polícia Judiciária (CPJ), onde foi autuado em flagrante pelo homicídio e por ocultação de cadáver pela delegada Claudia Santana Barazal. Posteriormente, ele teve como destino a cadeia anexa ao 5º Distrito Policial (Bom Retiro), onde permanecerá à disposição da Justiça.
As investigações do caso vão prosseguir pelo 7º Distrito Policial (Gonzaga), cuja área de circunscrição abrange o bairro Boqueirão.
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Perícia
Peritos do Instituto de Criminalística (IC) estiveram no apartamento, juntamente com a delegada Claudia Barazal, visando identificar a arma ou ferramenta utilizada no crime. Contudo, segundo o boletim de ocorrência, nada de interesse para as investigações foi encontrado. Os objetos recolhidos no imóvel foram um notebook e um pano que, aparentemente, havia sido lavado.
Isolamento
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O porteiro do edifício informou para a autorida- de policial que Carlos vivia isolado de contato com meios sociais. Ainda segundo o porteiro, o morador não utilizava os elevadores do prédio, somente as escadas.
Santos revive ‘Crime da Mala’
O homicídio descoberto na madrugada de ontem faz a cidade de Santos lembrar de caso que marcou a crônica policial: o “Crime da Mala”, ocorrido em 1928.
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Imigrante italiano, Giuseppe Pistone assassinou a esposa, Maria Fea, e ocultou o corpo em uma mala, que foi descoberta em um navio atracado no Porto de Santos.
O corpo de Maria Fea foi sepultado no Cemitério da Filosofia, em Santos, e seu túmulo desde então virou alvo de uma espécie de peregrinação religiosa, com fiéis atribuindo a ela diversos tipos de milagres.
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