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Depois de mais de 30 horas, terminou no fim da tarde desta sexta-feira a rebelião na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem (MG). O agente penitenciário Renato de Paula e a professora Eliana da Silva, que eram mantidos reféns pelos presos desde o início do motim, na manhã de quinta-feira (21), foram libertados sem ferimentos.
A rebelião acabou depois de os detentos aceitarem acordo com um comitê gestor de crise formado por representantes da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), Polícia Militar, Ministério Público Estadual (MPE) e Judiciário. A principal reivindicação dos presos, de troca da direção do presídio, não foi atendida. Além disso, os cerca de 90 rebelados, todos do pavilhão 1 da unidade, reclamavam de superlotação e da mudança de procedimento para visitas de mulheres grávidas.
As visitas passaram a ser feitas com acompanhamento de assistentes sociais devido à impossibilidade de as mulheres serem submetidas a revista com raio X, o que restringiu o número de visitantes. Para acabar com a rebelião, os detentos também exigiram que não houvesse transferências após o motim e a aceleração da revisão de penas.
A unidade penal é a mesma onde está preso o goleiro Bruno Fernandes, que será julgado a partir do próximo dia 4 pelo assassinato de sua ex-amante Eliza Samudio, e o braço direito do atleta, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, já condenado a 15 anos de prisão pelo crime. A rebelião levou o promotor Henry Vasconcelos, responsável pela acusação nos julgamentos, a ir até o presídio na noite de quinta para "ver como estava" o goleiro. Segundo o promotor, Bruno está em outro pavilhão e não participou do movimento.
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