POLÍCIA

Tarcísio: 'Vamos entender que o tráfico é um business'; mortos vão a 14

O chefe do executivo estadual concedeu uma entrevista coletiva na qual defendeu a atuação das forças policiais no Guarujá e em outras cidades da Baixada

FOLHAPRESS

Publicado em 01/08/2023 às 17:59

Atualizado em 01/08/2023 às 20:07

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O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) / Divulgação/Governo de SP

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta tarde que chegou a 14 o número de mortos na Baixada Santista durante a ação policial que se sucedeu ao assassinato de um soldado da Rota na última quinta-feira (27) no Guarujá.

Levantamento do g1 mostra que ação deste ano superou mortos da 'Operação Castelinho', que em 2002, deixou 12 mortos. Trata-se, portanto, da operação mais letal no estado de São Paulo desde os "crimes de maio" de 2006, quando as forças de segurança reagiram aos ataques do Primeiro Comando da Capital (PCC) e mataram ao menos 108 pessoas.

O chefe do executivo estadual concedeu uma entrevista coletiva na qual defendeu a atuação das forças policiais no Guarujá e em outras cidades da Baixada. Para ele, informações que vem sendo divulgados gera "essa narrativa de que há excesso [policial]". Ele pediu "respeito" aos agentes.

"Se houver excesso, nos iremos investigar. [...] As imagens corporais estarão anexadas nos inquéritos para que, se houver algum excesso, a gente puna [os responsáveis]. A gente não vai tolerar excesso, a gente não vai tolerar desvio de conduta", disse o governador após sustentar que "a polícia não quer confronto".

Questionado se o ataque a uma policial ontem havia sido uma retaliação, Tarcísio afirmou que a operação está asfixiando o tráfico. "Significa que a operação tá prejudicando o business. Vamos entender que isso é um business, que movimenta muito dinheiro e que desgraça a vida de muita gente", disse.

"Pô, vai ver quem tombou! Um líder do PCC morreu nessa confusão. O principal fornecedor de droga da Baixada [Santista]. E por quê? Como que ele recebeu o policial? [...] Nós não queremos o combate, o confronto, de verdade. Não é bom para ninguém. Não ficamos felizes de ter o combate. Agora, não vamos nos furtar de fazer o combate. Não vamos nos curvar ao crime. Peço respeito à corporação, aos policiais do estado", afirmou Tarcísio.

'Não existe combate ao crime sem efeito colateral'.

O governador defendeu que não pode haver local onde os policiais não possam entrar em São Paulo. "O crime tem que ter respeito à Polícia, a gente tem que ter respeito a instituição policial", disse Tarcísio, que afirmou ainda que o comandante geral da PM participou localmente das operações "para coibir excessos" e "fazer com que a lei seja cumprida".

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