Polícia

STJ nega liminar a PMs envolvidos no desaparecimento de Amarildo

O major Edson Raimundo dos Santos e o tenente Luiz Felipe de Medeiros trabalhavam na UPP da Rocinha, quando o pedreiro desapareceu

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 10/01/2014 às 20:10

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O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Felix Fischer, negou liminar a dois policiais militares denunciados por envolvimento no desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza. A decisão foi publicada hoje (10) no site do STJ na internet.

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O major Edson Raimundo dos Santos e o tenente Luiz Felipe de Medeiros trabalhavam na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, quando Amarildo desapareceu. Acusados e presos, eles questionaram a transferência do Batalhão Especial da Polícia Militar para o Presídio Petrolino Werling de Oliveira, Bangu 8, no Complexo de Gericinó, onde são mantidos em prisão especial.

Em novembro do ano passado, a Justiça do Rio, por unanimidade de votos, negou habeas corpus em favor dos dois policias. Eles estão entre os 13 presos dos 25 PMs denunciados pelo crime.

Amarildo desapareceu em julho do ano passado (Foto: Agência Brasil)

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Em nota, o tribunal informou que o ministro Fischer considerou que a ordem de prisão fundamenta, de forma suficiente, a necessidade da medida, bem como a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de transferir os policiais para a unidade de custódia de Bangu, devido à influência dos dois PMs sobre os demais réus. O mérito do recurso em habeas corpus será apreciado a partir de fevereiro pela Sexta Turma do STJ.

Morador da Rocinha, o pedreiro Amarildo desapareceu em julho passado, depois de ser levado por policiais da UPP para interrogatório sobre um suposto esconderijo de armas de traficantes. Testemunhas disseram à Polícia Civil que Amarildo foi torturado e morto na sede da UPP da Rocinha.

O ex-comandante da unidade, major Edson Santos, sustentou que Amarildo foi ouvido e liberado, mas nunca apareceram provas que mostrassem o pedreiro saindo da UPP, pois as câmeras de vigilância, que poderiam registrar a saída dele, não estavam funcionando. O sumiço do pedreiro gerou uma série de protestos contra a violência policial e a impunidade.

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