Um funcionário da refinaria de Cubatão, de 43 anos, não aceitou a demissão e mandou matar ex-chefe / Divulgação/Polícia Civil
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Ser demitido é difícil, mas um homem levou ao extremo e por pouco não causou uma tragédia em Cubatão, no Litoral de SP. Um funcionário, de 43 anos, não aceitou a demissão e tentou matar o ex-chefe, de 41 anos.
De acordo com o boletim de ocorrência, o suspeito trabalhava como soldador em terceirizada da refinaria da Petrobras. Ele teria sido demitido por não respeitar a hierarquia e prejudicar o bom andamento do trabalho.
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O supervisor dele, de 41 anos, foi orientado a demiti-lo, levando em consideração também que o contrato na refinaria estava perto do fim. O desligamento ocorreu na última quinta-feira (8) e, no dia seguinte, o supervisor foi surpreendido com um ataque enquanto saía do alojamento mantido pela empresa na Rua João Damaso, no bairro Parque Fernando Jorge.
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Segundo o chefe contou aos policiais, assim que entrou no veículo com os colegas, um desconhecido encapuzado se aproximou e efetuou um disparo. Em seguida, ele abriu a porta do veículo gritando “vou te matar” e deu duas coronhadas no rosto do supervisor, que se defendeu com um chute.
O suspeito saiu correndo e, enquanto era perseguido pela vítima, chegou a disparar duas vezes na direção dela, mas a arma falhou. Ele entrou no banco do passageiro de um carro, que lhe aguardava do outro lado da rua e tinha o soldador como motorista.
O supervisor correu até o veículo e tentou abrir a porta, que estava trancada. Em seguida, o motorista abaixou o vidro e gritou para o comparsa atirar. Neste momento, a vítima e as testemunhas reconheceram o funcionário recém-demitido que, ao perceber que foi identificado, acelerou o carro e fugiu do local junto com o atirador.
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A vítima recebeu socorro médico no Hospital Ana Costa, pelo ferimento da coronhada, e em seguida registrou a ocorrência no 1º DP de Cubatão.
A equipe da Policia Civil foi até o local do atentado em busca de câmeras e, enquanto estava em rua, soube de um acidente de trânsito atendido pela Polícia Militar (PM) entre as ruas Bahia e Ceará.
O carro envolvido no acidente era parecido com o relatado pelos envolvidos na tentativa de homicídio. Por isso, os investigadores pediram que o motorista fosse apresentado na delegacia, onde foi reconhecido como o ex-funcionário.
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Tanto a vítima como as testemunhas garantiram que o soldador era o motorista que facilitou a fuga do atirador. Segundo o boletim de ocorrência, o soldador negou participação na tentativa de homicídio. Porém, foi preso com base nos depoimentos e em imagens de câmeras de monitoramento, que flagraram o carro envolvido no acidente minutos após o atentado.
Uma perícia ao automóvel foi solicitada, bem como coleta de impressões digitais. Enquanto isso, o atirador não foi identificado. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), o caso foi registrado como localização/apreensão de veículo e tentativa de homicídio no 1º DP de Cubatão.
A Petrobras não se manifestou sobre o caso, pois não envolve funcionários da companhia. A reportagem não conseguiu contato com a empresa Consórcio Monto LCD, terceirizada onde trabalha a vítima.
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