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O delegado Rivaldo Barbosa, titular da Delegacia de Homicídios do Rio, pretendia ouvir nesta segunda-feira um sobrevivente que pode ser a testemunha-chave do assassinato do ativista LGBT Luiz Moura, o Guinha, de 41 anos, morto com quatro tiros de pistola 9mm no último sábado no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio.
Também baleado durante o atentado, o homem que seria ouvido pela Polícia Civil continuava internado no Hospital Estadual Getúlio Vargas, sem previsão de alta. A direção da unidade informou que ele apresentava quadro de saúde estável. Segundo moradores, os atiradores chegaram a pé e não estavam com o rosto coberto. Guinha foi morto na Rua 2, em frente ao Casarão da Cultura, no morro da Fazendinha. Ele havia saído de casa por volta de 17h e foi abordado por dois homens.
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Militante do movimento LGBT, Guinha promovia atividades esportivas e artísticas na comunidade. Ex-integrante do Coletivo Papo Reto, ele ajudou recentemente na mobilização de jovens para participação de uma oficina sobre "Militarização de favelas". Guinha havia fundado o Grupo Diversidade LGBT do Alemão e foi um dos organizadores da Parada Gay da comunidade.
O corpo do ativista foi enterrado no domingo, no cemitério de Inhaúma. O Grupo Conexão G de Cidadania LGBT para Moradores de Favelas divulgou uma nota em que afirma ter denunciado perseguições a moradores LGBT. "Guinha também foi à imprensa denunciar essa violência. Mas o que foi feito de lá para cá? E o que será feito a partir de agora?", indaga a presidente da entidade, Gilmara Cunha. Em entrevista pela manhã, o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) anunciou que haverá reforço no policiamento do Alemão a partir de janeiro, mas não detalhou as mudanças.
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