Polícia

Sistema permite que PF identifique criminosos antes que cheguem ao Brasil

O software que permite que policiais federais chequem se os nomes de turistas estrangeiros constam do banco de dados da Interpol, antes mesmo que eles deixem os países onde as passagens foram reservadas

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 26/06/2014 às 20:15

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Novo sistema de informações integradas permitirá à Polícia Federal (PF) identificar criminosos estrangeiros, procurados pela Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), sempre que eles comprarem passagens aéreas ou embarcarem em um voo com destino ao Brasil.

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O software que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, apresentou hoje (26) à imprensa permite que policiais federais chequem se os nomes de turistas estrangeiros constam do banco de dados da Interpol, antes mesmo que eles deixem os países onde as passagens foram reservadas ou compradas. As informações a respeito da vinda ao Brasil serão fornecidas pelas companhias aéreas estrangeiras que voam para o Brasil e pelas empresas brasileiras que têm voos internacionais.

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Sempre que um foragido procurado pela Interpol for identificado, agentes do Centro de Cooperação Policial Internacional alertarão as autoridades do aeroporto brasileiro de desembarque do estrangeiro. Isso, no caso de o passageiro já não ter sido abordado pelas autoridades locais, no momento do embarque.

Semelhante aos sistemas adotados em outros países, o software vinha sendo usado experimentalmente há alguns meses e, segundo o ministro da Justiça, já possibilitou que criminosos procurados, internacionalmente, fossem detidos tentando entrar no país.

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“Esse sistema de cruzamento de dados possibilita estarmos em pé de igualdade com os países mais desenvolvidos, em termos de segurança, e tem se mostrado exitoso”, disse Cardozo. Ele não informou quantas pessoas foram identificadas por meio do novo software, mas destacou a importância da integração dos esforços policiais internacionais e, particularmente, do Centro de Cooperação Policial Internacional. Sediado em Brasília, o centro conta com a presença de policiais de 37 países, além de representantes de três agências internacionais, como a própria Interpol.

“Já detectamos, no Brasil, situações que foram objeto de ações da PF graças a essa interação. Pessoas procuradas internacionalmente, torcedores violentos, uma série de situações. Acho que, em larga medida, o excelente padrão de segurança que temos tido nos grandes eventos, particularmente na Copa do Mundo, se deve à presença desses policiais, que auxiliam e interagem com a PF”, acrescentou o ministro.

De acordo com o delegado federal Valdecy Urquiza Júnior, se o foragido conseguir chegar ao Brasil, será abordado por policiais federais logo no desembarque e deportado. O delegado afirmou que a PF estuda como adotar um sistema semelhante para identificar também os estrangeiros que chegam de ônibus ao país.

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