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Alvo de uma operação de segurança que neste domingo, 6, completou uma semana e desde sábado, 5, envolve 1.700 agentes (2.500 militares e 200 policiais), o complexo de favelas da Maré, na zona norte do Rio, ainda abriga traficantes, reconheceu o comandante da Força de Pacificação, general de brigada Roberto Escoto.
"Alguns bandidos abandonaram a Maré, mas outros continuam aqui", disse o general. Segundo ele, os criminosos que permanecem na Maré estão sendo procurados tanto pelos militares que fazem policiamento ostensivo nas 15 favelas do complexo como por agentes do setor de inteligência, que têm tentado monitorar suspeitos.
O primeiro episódio de violência entre facções rivais após a ocupação dos militares aconteceu na manhã de ontem. Claudio de Brum dos Reis, de 22 anos, foi espancado e jogado em uma vala. Chamados por moradores, os militares chamaram uma ambulância para prestar socorro ao rapaz. Nesse momento, integrantes de facções rivais se reuniram e houve uma tentativa de confronto, segundo o Exército.
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Rotina
Fora esse episódio, a presença dos agentes de segurança no primeiro dia de ocupação dos militares praticamente não alterou a rotina das favelas. Bares e igrejas funcionaram normalmente e a primeira partida da final do Campeonato Carioca, entre Flamengo e Vasco, foi acompanhada pela TV e festejada como outras decisões. "Por enquanto não houve nenhuma mudança significativa. As únicas coisas que já mudaram foram a limpeza, que melhorou, e as ligações clandestinas de TV e eletricidade, que acabaram", contou o flamenguista Eduardo, morador da favela Nova Holanda.
Durante todo o dia, militares caminharam a pé pelas comunidades, acompanhados por um carro de som, distribuindo panfletos em que pedem aos moradores da área pacificada que "sigam as orientações" e "mantenham a calma". Com território de 10 km2 dividido entre duas facções criminosas (Comando Vermelho e Terceiro Comando Puro) e uma milícia, o conjunto de favelas da Maré reúne 130 mil moradores.
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