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O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, considerou desnecessário o uso de bombas de gás lacrimogêneo pela Polícia Militar dentro de uma estação de metrô durante manifestação contra o aumento da passagem ocorrida na última terça-feira, dia 27.
"A regra permite excepcionalmente a utilização (de bombas de gás dentro de estações). Nós vamos pedir para o comandante apurar porque eu também vi o vídeo e não achei necessário o lançamento de bombas de gás no metrô. Mas eu não estava lá presente, vi pelos vídeos que estão sendo mostrado. Está sendo apurado", disse o secretário.
Segundo Moraes, o confronto teria sido minimizado se a concessionária tivesse liberado as catracas. "A PM solicitou para a concessionária naquele momento liberar as catracas para evitar o tumulto mas a demora nisso acabou gerando o tumulto".
O secretário disse ainda que a Corregedoria da PM está avaliando os casos de dois repórteres do jornal O Estado de S. Paulo que foram atacados com balas de borracha por policiais durante a cobertura das manifestações.
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"Aparentemente houve abuso. Se confirmado, haverá punição". Moraes negou, no entanto, que a polícia esteja atuando com truculência nos atos. "Nas outras manifestações, isto esta sendo filmado, claramente houve necessidade de reação".
Mortes por PMs
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O secretário comentou o relatório da Human Rights Watch, que mostrou que o número de mortes por PMs em conflito dobrou em São Paulo entre 2013 e 2014.
"Isso demonstra que há hoje um conflito maior nas ocorrências. Tivemos isso demonstrado nesta semana, infelizmente, quando a polícia chegou em uma ocorrência de furto a caixa eletrônico e foi recebida por fuzis. Vamos tratar disso colocando mais policiamento na rua. Isso tende a evitar mais conflitos. Ao mesmo tempo, qualquer desvio da atividade policial será duramente apenado", finalizou.
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