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Uma briga entre torcedores após o duelo entre São Bernardo e São Paulo, na última quinta-feira, perto do estádio 1º de Maio, pode ter levado à emboscada armada por tricolores, que culminou na morte do santista Márcio Barreto de Toledo, domingo passado, no Jardim Aricanduva, algumas horas depois do clássico San-São, no Morumbi. As informações são do Diário do Grande ABC.
De acordo com investigações da Polícia Militar, os são-paulinos teriam sido agredidos por pessoas uniformizadas com camisetas da Torcida Jovem, principal organizada alvinegra. Segundo as vítimas, a agressão ocorreu próximo ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), na favela DER. Eles foram atendidos em um hospital da região, com graves ferimentos. Um dos rapazes é aguardado no 1º DP de São Bernardo para prestar depoimento, nesta quinta-feira. Enquanto isso, o outro segue internado. A PM já identificou os dois carros dos agressores e os donos serão chamados para esclarecer o ocorrido.
A investigação da PM une os acontecimentos de quinta com os de domingo, quando um grupo de dez são-paulinos, com uniformes de organizadas do clube e munidos de barras de ferro, estacionou dois carros na esquina da Avenida Conde de Frontin com a Rua Julio Colaço, no mesmo bairro, e perseguiu santistas que voltavam da quadra da Torcida Jovem. As agressões causaram a morte de Márcio Toledo, de 34 anos.
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A Torcida Jovem negou estar envolvida nos acontecimentos em São Bernardo, mas afirmou que os agressores poderiam sim estar vestidos com roupas da organizada, mesmo não integrando o grupo, já que uniformes podem ter sido comprados em camelôs. Em contrapartida, a Torcida Independente não se manifestou.
Moisés Teodoro Messi Filho, que investiga a morte do santista, declarou, na última quarta-feira, achar ‘estranho’ o fato dos santistas que escaparam da emboscada não terem prestado queixa. "Um grupinho correu. Alguém tem que aparecer. Se sou vítima, tenho um amigo que morreu e tive a sorte de conseguir fugir, tenho a obrigação de ir à delegacia".
"Recebemos denúncias anônimas relativamente contundentes. Uma, inclusive, nos deu as placas dos carros e agora estamos investigando. Mas se conseguimos pegar quem fez a emboscada, cadê a vítima para fazer o reconhecimento? É possível que eles até saibam quem os atacou, já que esse pessoal costuma estar sempre nos estádios”, completou ao Estado de São Paulo.
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