Polícia

Rota é o batalhão que mais matou em 2015

De janeiro a fevereiro deste ano, 117 suspeitos foram mortos em confrontos com policiais militares ou civis em 27 cidades diferentes - o que representa quase duas mortes por dia no Estado

Publicado em 19/03/2015 às 12:48

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

As Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), a tropa de elite da polícia paulista, é o batalhão que mais matou suspeitos de cometerem crime em São Paulo neste ano, de acordo com dados da Ouvidoria da Polícia Militar.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

De janeiro a fevereiro deste ano, 117 suspeitos foram mortos em confrontos com policiais militares ou civis em 27 cidades diferentes - o que representa quase duas mortes por dia no Estado. Dessas, 12 mortes tiveram a Rota como o grupamento responsável.

Para o ouvidor Julio Cesar Neves, a letalidade da Rota é preocupante. "Ela é o departamento que exerce essa postura com notoriedade. Tem, vamos dizer assim, know-how", afirmou.

O aumento da letalidade policial nos últimos anos, segundo o ouvidor, também estaria relacionado à impunidade. "Quando o policial vê que ninguém é punido, fica mais fácil apertar o gatilho. A impunidade não é só para a bandidagem, é dos dois lados", disse. "Na grande maioria dos casos o arquivamento é requerido pelo Ministério Público e a Justiça aceita. Não chegam sequer a serem denunciados."

Continua depois da publicidade

A Rota é o batalhão que mais matou suspeitos de cometerem crime em São Paulo neste ano (Foto: Divulgação)

Investigação

A Secretário Estadual da Segurança Pública de São Paulo anunciou que vai alterar o procedimento de investigação para casos que envolvam agentes de segurança pública.

Continua depois da publicidade

Na prática, a medida tornará obrigatória a presença da Polícia Civil, da Polícia Militar e das corregedorias nas cenas de homicídios que envolvam agentes, sejam eles autores ou vítimas. Nesses casos, o Ministério Público também deve ser comunicado imediatamente, mas vai ficar a critério do órgão decidir se é necessário enviar um promotor de Justiça ao local.

A resolução deve valer para ocorrências que estejam relacionadas a policiais militares, policiais civis, policiais federais, agentes penitenciários, membros da Fundação Casa e guardas-civis.

Continua depois da publicidade

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software