Condenado
Prisão ocorreu um dia após o julgamento do STJ (Supremo Tribunal de Justiça) ter decidido, por 9 votos a favor e 2 contra, que ele deveria cumprir a pena no Brasil
Robinho foi preso pela Polícia Federal nesta quinta-feira / Reinaldo Campos/AGIF/Folhapress
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O ex-jogador Robson de Souza, o Robinho, se entregou à Polícia Federal, na noite desta quinta-feira (21), após ter o habeas-corpus negado pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Fux. Robinho irá cumprir no Brasil a pena de nove anos por estupro coletivo, ocorrido em uma boate de Milão, na Itália, em 2013.
Após um julgamento feito pelo STJ (Supremo Tribunal de Justiça), na última quarta-feira (20), com 9 votos a favor contra 2, foi decidido que sua prisão deveria ser imediata. Com isso, foi encaminhado para a Justiça Federal de Santos ser a responsável pela execução da pena. Pouco mais de 24 horas após isso, o ex-atleta recebeu agentes da Polícia Federal em sua residência e foi preso.
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Durante o julgamento do STJ, além do relator Francisco Falcão, os ministros Humberto Martins, Herman Benjamin, Luis Felipe Salomão, Mauro Campbell, Isabel Gallotti, Antonio Carlos Ferreira, Ricardo Villas Bôas Cueva, Sebastião Reis Jr, se mantiveram a favor da sua condenação.
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O CASO.
Robinho e mais cinco amigos foram denunciados por estupro por uma mulher albanesa. O caso aconteceu no dia 22 de janeiro de 2013, na boate Sio Cafe, em Milão, na Itália. Até nesta quinta-feira (21), apenas ele e Ricardo Falco foram condenados.
Os outros quatro amigos de Robinho não foram condenados. Como todos já haviam deixado a Itália durante as investigações, eles não foram localizados pela Justiça para serem notificados para a audiência preliminar que aconteceu em 31 de março de 2016. Assim, o juiz resolveu separar os casos.
Em 2014, Robinho admitiu ter mantido relações sexuais com a vítima, mas negou violência sexual. Ele reforçou o discurso em 2020, em entrevista ao UOL.
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Ainda em 2020, quando já havia sido condenado em primeira instância, ele acertou seu retorno ao Santos. O Peixe, no entanto, suspendeu o contrato com o atacante dias depois por causa da pressão da torcida e da imprensa pelo caso.
Em 2022, Robinho foi condenado na terceira e última instância da Justiça italiana a nove anos de prisão. Entretanto, ele nunca foi preso por já estar no Brasil, que não extradita seus cidadãos. Sendo assim, a Itália pediu para que o Brasil julgasse a possibilidade de o ex-jogador cumprir a pena em solo brasileiro.
O Ministério Público Federal se manifestou a favor da prisão de Robinho. O vice-procurador geral da República, Hindenburgo Chateaubriand, mencionou as gravações feitas pela Justiça italiana que levaram à condenação de Robinho. Essas gravações foram publicadas pela primeira vez no podcast UOL Esporte Histórias - Os Grampos de Robinho.
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