Polícia
Para garantir a execução fiscal, a Justiça bloqueou combustíveis, contas bancárias, imóveis e carros de luxo a pedido da Procuradoria da Fazenda Nacional
Porto de Santos é uma das maiores ferramentas da constante evolução econômica da Baixada Santista / NAIR BUENO/DIÁRIO DO LITORAL
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A Receita Federal lavrou um auto de infração de R$ 2,06 bilhões contra uma grande trading internacional sediada em São Paulo. A trading teria utilizado uma pequena distribuidora de combustíveis para importar, via o Porto de Santos, derivados de petróleo sem o devido pagamento de tributos.
Além de ocultar quem era a real importadora da carga, a operação buscou favorecer a trading, uma vez que a distribuidora conseguiu na Justiça liminar para obter prazo maior para o pagamento dos tributos relacionados à importação.
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A distribuidora nunca havia atuado no comércio exterior e só trabalhava com etanol. Após obter a liminar, realizou mais de 200 importações, com valor total declarado de R$ 1,24 bilhão.
Mesmo após o vencimento do prazo dilatado, os tributos não foram pagos. Deixaram de ser recolhidos R$ 309,12 milhões em PIS/Cofins e Cide-Importação. A liminar foi então revogada e a Justiça determinou o bloqueio das cargas que viessem a ser importadas para garantir o pagamento dos tributos. A distribuidora, porém, parou de realizar importações.
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A pedido da Procuradoria Regional da Fazenda Nacional (PRFN) em São Paulo, a Justiça já determinou a indisponibilidade dos bens de todos os contribuintes envolvidos e de empresas que blindavam o patrimônio deles. Além do sujeito passivo principal, há mais cinco responsáveis pela infração, sendo um deles sócio oculto.
Foram bloqueados combustíveis armazenados em Santos, R$ 2,75 milhões em contas bancárias, bens imóveis e 12 veículos, incluindo carros de luxo, como uma Lamborghini, um Jaguar, um Volvo e dois Audis.
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