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Uma operação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) desarticulou ontem uma quadrilha que realizava falsas abordagens policiais para sequestrar, de modo relâmpago, idosos em carros de luxo em trechos de rodovias em Cubatão. Os criminosos roubavam os cartões bancários das vítimas e os repassavam para comparsas, que faziam saques e compras na Baixada Santista. Oito pessoas foram presas durante a operação do MP-SP, que contou com apoio da Polícia Civil e da Corregedoria da Polícia Militar. Cinco sequestros-relâmpagos já foram esclarecidos.
Os acusados são Edson Raimundo da Silva, o Edinho, Agnaldo Souza de Sá, o Café, Edilson Alves da Silva, Adriana Pires Lima, Pamela Esgringnero Leite, Adriana Martins Godoy, Cinthia Elene Costa Lisboa e Paulo Roberto Guimarães, o Paulão. Todos tiveram a prisão temporária de cinco dias decretada pela 3ª Vara Judicial de Cubatão.
As capturas ocorreram nas cidades de Praia Grande, Guarujá, São Vicente e Santos. Edinho e Café são apontados pelo MP-SP como lideranças do bando. As mulheres detidas tinham a atribuição de fazer as compras em lojas. Imagens de monitoramento captadas por estabelecimentos mostram as acusadas fazendo compras utilizando os cartões e senhas das vítimas. Um dos homens integrantes da quadrilha, Edilson Silva, também aparece em imagens.
De acordo com o promotor Rodrigo Dacal, do Grupo de Atuação de Repressão Especial ao Crime Organizado (Gaeco) - Núcleo Santos, as investigações foram iniciadas há cerca de 40 dias. Dacal disse que os bandidos agiam nas rodovias Cônego Domênico Rangoni, Padre Manoel da Nóbrega e Anchieta.
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Fardas
Com fardas da Polícia Militar Rodoviária, inclusive com peças originais, que foram apreendidas ontem na operação, os criminosos responsáveis pelas abordagens ficavam à beira das pistas e faziam sinais de parada. “Todas as vítimas estavam sozinhas nos veículos”, afirma Dacal.
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No momento em que anunciavam o roubo aos idosos, os criminosos logo exigiam a entrega de cartões bancários e senhas. No arrebatamento, os bandidos agiam em dupla ou trio. Permaneciam com as vítimas até que os saques e compras fossem concluídos.
De acordo com o promotor do Gaeco, uma das vítimas ficou mais de quatro horas com os criminosos.
Denúncia
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Os oito suspeitos são investigados por associação criminosa armada, extorsão qualificada e roubo qualificado. A denúncia deve ser oferecida à Justiça nos próximos dias.
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