Polícia

Publicitário é preso por matar zelador em SP

O corpo, esquartejado e com sinais de queimaduras, foi encontrado ontem na casa do pai do publicitário na Praia Grande, litoral paulista

Publicado em 02/06/2014 às 23:37

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A polícia prendeu nesta segunda-feira, 2, o publicitário Eduardo Tadeu Pinto Martins, de 47 anos, e a mulher dele, a advogada Ieda Cristina Cardoso da Silva Martins, de 42, sob a acusação de assassinar o zelador do prédio onde moram, Jesi Lopes de Sousa, de 63 anos. Sousa estava desaparecido desde as 15h30 de sexta-feira, quando foi visto pela última vez entregando correspondência dentro do edifício, na Rua Zanzibar, na Casa Verde, zona norte de São Paulo. O corpo, esquartejado e com sinais de queimaduras, foi encontrado ontem na casa do pai do publicitário na Praia Grande, litoral paulista.

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O acusado foi preso quando tentava queimar as vísceras do zelador. Martins e Ieda tiveram a prisão temporária decretada. Segundo o delegado Ismael Rodrigues, da 4.ª Delegacia Seccional, o publicitário confessou o crime. Admitiu ter brigado com o zelador, mas afirmou que a morte foi acidental - Sousa, segundo Martins, bateu a cabeça no batente da porta. "Nós não acreditamos nessa versão. Ele matou de maneira proposital", disse o delegado.

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De acordo com Rodrigues, o corpo foi achado ao lado da churrasqueira da casa do pai do publicitário. "Ele (o assassino) usou um serrote para cortar a vítima no domingo", afirmou o delegado.

De acordo com o advogado Robson de Souza, que representa a família do zelador, o motivo do crime foi uma briga por vaga na garagem do condomínio, mas o casal discutia havia muito tempo com Sousa. Nas imagens do sistema de monitoramento do prédio, o zelador foi filmado pela última vez descendo do elevador em um dos andares. A polícia não informou se era o andar onde o acusado morava. Várias buscas foram feitas por parentes e funcionários.

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Gritos e discussão

Para o advogado da família, o zelador foi asfixiado e morto na tarde de sexta-feira. A moradora do apartamento 114 relatou que ouviu gritos e discussão. De acordo com a testemunha, alguém "pedia para parar". Ela contou ainda que viu o publicitário, morador do apartamento 111, fechando a porta do imóvel. A testemunha confirmou que o publicitário tinha "problemas de relacionamento" com o zelador.

A polícia obteve as imagens do condomínio e constatou que o acusado saiu do prédio arrastando uma mala escura e "um saco de grande porte", às 17h50 de sexta-feira. Nas imagens, a mala é colocada dentro de um Logan, registrado em nome da mulher do publicitário. A gravação mostraria ainda que Ieda ajudou o marido. Não há informação sobre o horário em que ele retornou com o carro. No mesmo dia, o corpo teria sido levado para a casa do pai do publicitário na Praia Grande.

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Após ser informada da prisão do marido, Ieda apresentou-se ontem à polícia e, segundo o delegado Egídio Cobo, titular do 13.º Distrito Policial (Casa Verde), demonstrou surpresa. O marido teria dito a ela que viajaria a trabalho para o litoral. O delegado disse que, por enquanto, não há provas de que a advogada tenha participado do assassinato, mas ela é suspeita de ter ajudado o marido a ocultar o corpo. O Estado não conseguiu localizar nenhum advogado dos acusados.

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