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Investigações por meio de escutas telefônicas possibilitaram à Polícia Civil desarticular a principal quadrilha ligada ao tráfico de drogas de Guarujá. Denominada Operação Capivara, a ação policial já deteve 17 pessoas. Dez capturas ocorreram hoje (17), enquanto as outras sete foram realizadas ao longo dos três meses de monitoramento da quadrilha.
Oito integrantes da quadrilha não foram localizados ontem, durante os cumprimentos dos mandados de prisão expedidos pela Justiça, e passaram a ostentar a condição de foragidos da Justiça. Entre eles está o líder da organização criminosa, J.L.A., de 34 anos, que tem posição de destaque no Primeiro Comando da Capital (PCC).
Conforme o relatório de investigação realizado pela Delegacia Sede de Guarujá, J.L.A., além de comandar diversos pontos de tráfico de entorpecentes, é “articulador de eventos dos integrantes da facção”.
Segundo o investigador-chefe da Delegacia Sede de Guarujá, Paulo Carvalhal, diversas buscas por J.L.A. foram realizadas ontem no topo do Morro da Vila Baiana. “Temos informações de que ele vive no meio da mata”, informou o policial civil.
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O nome da operação faz alusão justamente a uma base onde o grupo se reunia, localizada em região de mata da Vila Baiana.
Os mandados de prisão cumpridos ontem mobilizaram todo o efetivo de investigação da Polícia Civil de Guarujá, bem como viaturas do Grupo de Operações Especiais (GOE) e da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Santos. Os trabalhos foram realizados sob o comando dos delegados Cláudio Rossi e Sergio Lemos Nassur, respectivamente, titular e assistente da Delegacia Sede de Guarujá.
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Entre as apreensões realizadas estão mais de 1,5 quilo de cocaína, 350 gramas de maconha, 200 gramas de crack, 105 frascos de lança-perfume, uma pistola de calibre 380, munições, objetos relacionados ao preparo de entorpecentes e papeis com a contabilidade do tráfico.
Rifas que são vendidas pelos criminosos para arrecadação de dinheiro ao PCC também foram recolhidas pelos policiais civis.
PM ameaçado de morte
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As escutas telefônicas realizadas pelos investigadores mostram que A.S.B, de 19 anos, um dos 10 detidos hoje teve a intenção de matar a um policial militar de Guarujá para facilitar sua entrada no Primeiro Comando da Capital (PCC).
“Se o aval (da facção) chegar nóis vai pega (sic)”, afirma A.S.B. em uma das conversas monitoradas.
Diante do iminente risco para o PM, a Polícia Civil comunicou o 21º BPM/I, responsável pelo policiamento militar em Guarujá. Uma das medidas tomadas, conforme apurou o DL, foi a transferência do policial citado para serviços administrativos.
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De acordo com a investigação da Polícia Civil, nenhuma ação específica do PM em ações contra a criminalidade teria motivado a intenção do marginal em matá-lo.
O simples fato de A.S.B. saber onde mora o policial e algumas informações sobre sua rotina teriam motivado o plano do criminoso para ter reconhecimento no crime organizado.
“Eu e o N. já pediu o aval, mas esse aval nunca chega (sic)”, afirma A.S.B.
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