Polícia
Celso Neves Cavallini pede contribuições de R$ 100 para ajudar o grupo de 11 policiais militares presos sob a acusação de executar Fernando Henrique da Silva e Paulo Henrique de Oliveira
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“Quem os conhece sabe que eles ajudariam se você precisasse.” É com esse apelo que o presidente do Conselho de Segurança (Conseg) do Portal do Morumbi, Celso Neves Cavallini, pede contribuições de R$ 100 para ajudar o grupo de 11 policiais militares presos sob a acusação de executar Fernando Henrique da Silva e Paulo Henrique de Oliveira, no último dia 7 de setembro, no Butantã, na zona oeste de São Paulo. A dupla, suspeita de tentar roubar uma moto, foi assassinada após uma perseguição policial. Os dois estavam rendidos.
A postagem foi publicada em um grupo do Facebook na segunda-feira, 14, mesmo dia em que seis policiais foram presos pela morte de Silva. Nela, é possível ver os dados bancários de um soldado da PM que está arrecadando o dinheiro para ajudar os colegas do 16 º e do 23.° batalhões. “Aos que sempre citam nas redes sociais que ‘bandido bom é bandido morto’, agora é a hora de saberem o quanto de dificuldade e de sofrimento que estão passando estes policiais”, diz Cavallini na publicação.
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Silva foi dominado no telhado de uma casa pelo soldado Samuel Paes, levado até a beira e jogado de uma altura de quase nove metros. Depois da queda, ele ainda foi alvejado com dois tiros. O caso foi tratado como uma execução pelo secretário de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, que já manifestou publicamente a intenção de expulsar da corporação todos os PMs envolvidos no assassinato.
Procurado, Cavallini disse que “todos têm direito à defesa” e afirmou que o dinheiro arrecadado servirá para bancar os advogados dos policiais. “Um advogado para um Policial Militar custa em média R$ 25 mil”, explicou o presidente do Conseg Portal do Morumbi, órgão que é vinculado à Secretaria Estadual de Segurança Pública.
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Ele também afirma que os PMs detidos no Presídio Militar Romão Gomes podem ter perdido o controle durante a ocorrência. “Eu, sabendo da situação de nervoso que os PMs passam hoje, recebendo tiro à vontade, é evidente que algo deve ter acontecido que eles saíram fora de si”, disse. “Os policiais estão com medo de trabalhar, de sair na rua e a Corregedoria prende primeiro para depois julgar.”
Sobre a afirmação de que criminosos devem ser mortos, ele diz se tratar de um alerta aos que defendem esse tipo de ação. “O pessoal que critica que bandido bom é bandido morto, tem que ajudar esses policiais. Não sou a favor de matar por matar.”