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Investigações por meio de interceptações telefônicas possibilitaram à Polícia Civil capturar 10 pessoas que participaram do sequestro de duas filhas do presidente da Câmara de Cubatão, Wagner Moura (PT). Oito dos acusados foram detidos na madrugada de ontem (15), enquanto outros dois foram capturados antes da libertação das vítimas.
As jovens, de 21 e 16 anos, foram libertadas na tarde do último sábado, na Via Anchieta, mediante pagamento de um resgate no valor R$ 202.000,00. Durante a operação que culminou nas prisões, os policiais recuperaram R$ 54.350,00.
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De acordo com o diretor do Departamento de Polícia Judiciária do Interior-6 (Deinter-6), Aldo Galiano Júnior, o grupo criminoso tinha duas ramificações. Uma delas foi responsável somente pelo arrebatamento, enquanto a outra realizou as negociações e manutenção do cativeiro, que fica em uma área de mata fechada na Serra do Mar.
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Para se chegar ao local são necessárias, no mínimo, três horas de caminhada por trilha. O líder da quadrilha, que esteve à frente das negociações com Moura, trata-se do empreiteiro de obras Rinaldo Marinho de Lima, o Baiano, um dos presos na operação.
Ele foi descrito por Galiano Júnior como um indivíduo muito “frio”. “Quando a gente pedia prova de vida (das reféns) eles (Baiano e comparsas) diziam que iam mandar partes dos corpos das vítimas”, assinalou o delegado.
Acreditando que Moura estava de posse de vultosa quantia em razão da venda de um imóvel pela sua corretora, o bando planejou o sequestro com a intenção de extorquir R$ 1 milhão da vítima. Nos três primeiros telefonemas, esse valor foi exigido sob a ameaça de mandar parte dos corpos da vítima como prova de vida.
No quarto telefonema, os sequestradores reduzem a exigência para R$ 500 mil. O quinto e último telefonema ocorreu na última sexta-feira, quando foi acertado o resgate em R$ 202.000,00. Essa ligação partiu de Santa Bárbara d´Oeste, na Região de Campinas.
Pagamento em Mongaguá
O dinheiro do resgate foi deixado em uma lata de lixo na Rodovia Padre Manoel da Nóbrega, em Mongaguá, por volta de 4h30 de sábado.
Divisão do dinheiro
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Conforme o diretor do Deinter-6, os acusados pretendiam fazer um churrasco para dividir o dinheiro do resgate.
Após o pagamento, as interceptações telefônicas possibilitaram a identificação de quase toda a quadrilha, já que o número de contatos entre os criminosos aumentou. “O que possibilitou o sucesso dessa operação foi eles marcarem encontros entre eles”.
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