A investigação aponta Suman como 'suposto líder' de um esquema de desvio de dinheiro na rede pública de saúde em meio ao enfrentamento da Covid-19 / Helder Lima/PMG
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O prefeito de Guarujá, Válter Suman, e o secretário de Educação, Marcelo Nicolau, deixaram o presídio na tarde deste sábado (18), após a Justiça Federal conceder liberdade provisória. Ambos foram presos na última quarta-feira (15) durante a 'Operação Nácar', da Polícia Civil, que apura um esquema de desvio de dinheiro na rede pública de saúde. Suman continuará as atividades como prefeito, segundo nota oficial divulgada pela Prefeitura.
A decisão desta sexta-feira (17) da Justiça Federal considerou a prisão do chefe do Executivo como "excessiva" e que ambos seriam soltos por não apresentarem risco de fuga. Por volta de 17h deste sábado, o prefeito e o secretário saíram da Penitenciária.
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A Polícia Federal e o Ministério Público Federal, que pediu a prisão temporária de Suman e Nicolau, apuram os crimes de corrupção ativa e passiva, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro. Conforme a decisão que pediu a busca e apreensão em endereços relacionados aos suspeitos, a investigação aponta o prefeito como 'suposto líder' de um esquema de desvio de dinheiro na rede pública de saúde em meio ao enfrentamento da Covid-19.
Apesar da liberdade provisória, segundo o desembargador Maurício Yukikazu Kato, há a existência de crime de lavagem de dinheiro, com a possível participação de Válter Suman e Marcelo Feliciano Nicolau. No documento, ele afirma ainda que foram encontrados mais de R$ 1,7 mi, divididos em quatro endereços distintos, todos vinculados aos dois. Além disso, mais de 300 joias foram encontradas na residência do chefe do Executivo.
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Para que eles continuem em liberdade provisória, algumas medidas devem ser cumpridas, como o comparecimento a cada dois meses em juízo, para informar e justificar suas atividades e a todos os atos para os quais forem convocados no curso das investigações. Eles ainda estão proibidos de se falarem e se ausentarem do Estado de São Paulo por mais de 5 dias, sem autorização da Justiça. O passaporte de ambos deve ser entregue em 24 horas a partir do cumprimento da soltura.
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