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O inquérito que apurou as quatro mortes ocorridas no Carnaval deste ano, em Santos, indiciou oito pessoas (três funcionários da Administração Municipal e cinco integrantes da escola de Samba Sangue Jovem). A conclusão da investigação realizada pelo 5º Distrito Policial (Bom Retiro) foi remetida à Justiça sugerindo a oitiva do prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB). “Mostra-se necessário apurar de que forma o atual mandatário popular contribuiu para o triste e lamentável resultado”, assinala o delegado Antônio Carlos de Castro Machado Júnior, titular do 5º DP.
Na fase do inquérito, Barbosa não foi ouvido pelo delegado do 5º DP devido a uma portaria da Delegacia Geral de Polícia (DGP), que determina oitivas de mandatários populares somente em delegacias seccionais.
Em entrevista coletiva concedida ontem, Machado Júnior informou alguns dos questionamentos que carecem de respostas. “Poderiam ser questionados os critérios através dos quais ele (prefeito) escolheu os subordinados que iriam cuidar do Carnaval”. Para o delegado, também seria fundamental o esclarecimento a respeito da não realização do Estudo de Análise de Risco na Passarela do Samba Dráusio da Cruz. “A visão moderna da engenharia requer esse tipo de estudo”.
Por fim, Machado Júnior sugere que o prefeito poderia ser questionado se tinha ou não conhecimento da inexistência do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB).
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Prefeitura
A Administração Municipal informou que não vai se pronunciar sobre possibilidades, hipóteses e comentários de autoridades policiais até a conclusão do processo.
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A tragédia
Quatro pessoas morreram eletrocutadas e sete ficaram feridas, na madrugada de 12 de fevereiro, após parte da fantasia da carnavalesca destaque do carro alegórico da Sangue Jovem tocar em fios elétricos. Esse contato ocasionou no incêndio do carro, logo após a agremiação encerrar seu desfile. As vítimas fatais foram três integrantes da escola de samba e uma mulher que assistia ao desfile.
O secretário municipal de Cultura, Raul Christiano, está entre os três integrantes do Executivo indiciados.
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