Polícia

Polícia indicia 9 por crime contra jovem espancado até a morte no RS

Nove adultos foram indiciados por homicídio triplamente qualificado, três tentativas de homicídio qualificado e formação de bando

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 28/08/2015 às 17:41

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre a morte do adolescente Wilson Jurkfitz Faleiro Júnior, 17, espancado até a morte em 1º de agosto, em Charqueadas (região metropolitana de Porto Alegre).

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

Nove adultos foram indiciados por homicídio triplamente qualificado, três tentativas de homicídio qualificado e formação de bando. Além dos adultos, sete adolescentes foram responsabilizados pelos mesmos crimes. O inquérito será enviado ao Ministério Público, de onde parte a denúncia para a condenação pela Justiça.

Continua depois da publicidade

Leia Também

• Estudante é morta por padrasto após faltar aula na Grande SP

• Operação da PF combate quadrilha de estrangeiros que movimentou R$ 50 milhões

• Ato pede elucidação de chacina que deixou 19 pessoas mortas

Os adultos já estavam presos temporariamente, mas o delegado Rodrigo Reis pede à Justiça que converta a prisão em preventiva até o julgamento. Os adolescentes também estavam apreendidos em caráter temporário e o delegado solicitou a prorrogação da apreensão.
O inquérito foi concluído pela polícia antes do prazo legal, que é de 30 dias.

"Foi uma investigação rápida, mas complicada porque escutamos muitas pessoas. Foram mais de 30 oitivas", disse à reportagem o delegado Rodrigo Reis.

Continua depois da publicidade

Alguns envolvidos já tinham antecedentes criminais. Quatro deles agrediram um jovem de Porto Alegre, em abril, em circunstâncias parecidas com o crime de Charqueadas.

O crime

Juninho, como o garoto assassinado era chamado, foi assassinado com socos, pontapés e garrafadas na cabeça ao sair de uma festa. O pai do menino, Ronei Wilson Jurkfitz Faleiro, 48, presenciou tudo. Tentou inutilmente evitar o ataque de mais de uma dezena de garotos, alguns conhecidos da família.

Continua depois da publicidade

A festa era para arrecadar fundos para os formandos da escola Cenecista Carolino Euzébio Nunes. O pai foi buscar o filho de carro na saída. O garoto pediu para ele dar carona a um casal de amigos, da cidade vizinha de São Jerônimo.

Os dois amigos estavam sendo ameaçados pelo bonde -como são chamadas as gangues no Sul- "Abas Retas". O bonde costumava atacar pessoas de fora da cidade.

A violência das gangues é um "problema antigo" e existe grande rivalidade com os garotos "de fora", segundo o major Fábio Almeida César, comandante do batalhão da Polícia Militar da cidade.

Continua depois da publicidade

"Na noite do crime tínhamos uma guarnição apenas por causa da defasagem do efetivo", diz o major. Segundo o comandante, os policiais são desviados de função para trabalhar nos presídios -são seis na cidade.

Depois do crime, César afirma que foram "devolvidos" nove policiais para a cidade.

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software