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A Polícia Civil do Rio concluiu o inquérito que investigou a morte de Jandira Magdalena dos Santos, de 27 anos, ocorrida durante uma tentativa de aborto, em 26 de agosto, em uma clínica clandestina em Campo Grande, na zona oeste do Rio. Catorze pessoas foram indiciadas.
Dez pessoas foram indiciadas pelos crimes de aborto, homicídio qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e formação de quadrilha. Somadas, as penas podem chegar a 52 anos de prisão. Uma mulher que entregou um cartão da clínica de aborto a Jandira e o ex-marido dela, Leandro Brito Reis, que levou a vítima ao local onde ela encontrou os responsáveis pela intervenção, foram indiciados por incitar a prática do aborto.
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Outras duas mulheres, flagradas na clínica enquanto era submetidas a abortos, foram indiciadas pela prática proibida. Oito pessoas estão presas. Do grupo que integra a quadrilha, uma enfermeira que anestesiava as pacientes está foragida e uma faxineira que limpava a clínica está solta por decisão judicial.
Em 26 de agosto, Jandira saiu de casa para fazer um aborto e desapareceu. A mãe dela, Maria Ângela Magdalena, afirma que à época a filha estava com 12 semanas de gestação. Seria seu terceiro filho, e ela decidiu abortar por "desespero", segundo a mãe.
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No dia seguinte, um corpo carbonizado foi encontrado em um veículo em Guaratiba, na zona oeste do Rio. Embora não tivesse digitais nem arcada dentária, um exame genético indicou que o corpo era de Jandira.
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