Polícia

Polícia desmonta versão da motorista de transporte escolar

Gabriel de Oliveira Alves, de dois anos, que sofreu insolação depois de passar duas horas trancado em seu carro, na semana passada

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 17/12/2014 às 19:14

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A polícia do Rio de Janeiro desmontou a versão da motorista de transporte escolar Cláudia Vidal da Silva para a morte do menino Gabriel de Oliveira Alves, de dois anos, que sofreu insolação depois de passar duas horas trancado em seu carro, na semana passada. Ela sustentava que havia passado mal e ficado desacordada nesse período, mas investigadores descobriram que ela foi a um salão fazer as unhas, deixando intencionalmente a criança sozinha no veículo.

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A dona do salão e a manicure que atendeu Cláudia prestaram depoimento e contaram que ela já tinha horário previamente marcado na sexta-feira - no mesmo horário em que deveria levar Gabriel à creche. A agenda foi apreendida pela polícia, que a havia indiciado por abandono de incapaz seguido de morte e agora deve mudar o crime para homicídio culposo (sem intenção de matar).

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"Nós não acreditamos na primeira versão, a história não era crível. A versão verdadeira é de que ela pegou o Gabriel em casa por volta das 10h24 e, dez minutos depois, parou o carro. Foi ao salão, no qual entrou às 10h37, e ficou até 12h25. Quando retornou para o veículo, viu que o Gabriel já estava em estado convulsivo", disse o delegado à frente do caso, Felipe Curi, da Delegacia de Vicente de Carvalho.

A polícia recolheu imagens que ratificam os relatos da manicure e da proprietária do salão. "São imagens distantes, mas dá pra ver que é a Cláudia e o Gol dela, dá pra ver o horário de entrada e saída do salão. Não deu tempo de ela `esquecer' que o menino estava no carro. Cláudia deixou intencionalmente o menino e foi à manicure", informou o delegado. Gabriel, que teve insolação e desidratação (o dia foi de extremo calor), foi enterrado domingo passado. Segundo a mãe, Carla Oliveira, a motorista já havia "esquecido" o menino no carro outra vez. O transporte era irregular e Cláudia foi autuada também por exercício ilegal da profissão. Ela até agora foi mantida em liberdade.

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