Polícia
Criminosos se passavam por auditores da Receita Federal e diziam que tinham lotes de produtos.Comerciantes e empresários de diversas partes do País foram vítimas da quadrilha
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Uma quadrilha de falsos auditores da Receita Federal que já obteve R$ 500 mil de comerciantes e empresários com falsas negociações de lotes de mercadorias apreendidas foi desarticulada pela Polícia Civil. Dois integrantes do bando foram presos na última sexta-feira, na Vila Nova, em Santos, logo após a concretização de um golpe e o desconto de um cheque de R$ 95 mil em uma agência bancária na Rua Brás Cubas. A dupla foi surpreendida pelos policiais da 5ª Delegacia de Atendimento ao Turista (Deatur) de Santos em um carro em frente ao banco. O homem identificado como chefe da quadrilha está identificado, mas ainda não foi localizado.
Os estelionatários entravam em contato com as vítimas por telefone para oferecer e simular a negociação de lotes apreendidos no Porto. Os encontros para consumar o golpe eram feitos sempre em Santos, em vias do Porto e da Região Central.
A delegada-titular da 5ª Deatur, Martha Vergine, disse, em entrevista coletiva na noite de ontem, que a quadrilha já consumou sete golpes em Santos. O oitavo só não se concretizou por causa da investigação, que durou um ano. De posse de informações sobre o modus operandi do grupo, uma campana foi realizada próximo ao banco onde foi realizado o saque.
“Realmente impedir que essa vítima, na sexta-feira, perdesse R$ 95 mil realmente foi um bom trabalho”, salientou a delegada.
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A vítima é um comerciante de São Paulo que veio a Santos e se encontrou com o chefe da quadrilha e um dos acusados que posteriormente foi preso. Um cheque administrativo no valor de R$ 95 mil foi entregue aos golpistas visando a compra de porta-paletes e prateleiras.
Prisões preventivas
Ao autuar os dois golpistas em flagrante, a delegada Juliana Buck Gianini, assistente da 5ª Deatur, representou pela conversão em prisão preventiva, que já foi decretada pela Justiça. Ela considerou “a possibilidade real da ordem pública permanecer em risco com a liberdade de ambos”, que segundo ela, “fazem de sua vida cotidiana uma constante prática do delito de estelionato, ludibriando vítimas proprietárias de microempresas”.
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