Polícia

Polícia Civil desarticula quadrilha que fazia abortos no Rio

Entre os suspeitos presos está José Luiz Gonçalves, conhecido como Gonçalves, apontado pela polícia de ser o principal intermediador de abortos do estado

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 14/12/2013 às 12:22

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Uma quadrilha formada por médicos, agenciadores e seguranças, que fazia cerca de 50 abortos por semana, foi desarticulada pela Operação Gênesis, da Polícia Civil fluminense. As investigações duraram um ano. Os policiais cumpriram, na noite de quinta-feira (12), seis mandados de prisão e sete de busca e apreensão na capital fluminense e em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio.

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Entre os suspeitos presos está José Luiz Gonçalves, conhecido como Gonçalves, apontado pela polícia de ser o principal intermediador de abortos do Rio, que trabalha em rede com médicos, captadoras e agenciadoras. Os policiais também foram até a Clínica de Saúde Nossa Senhora das Neves, situada na Rua Marechal Floriano Peixoto, em Neves, São Gonçalo, onde foi preso o médico Guilherme Estrella Aranha.

Segundo o delegado Roberto Gomes, responsável pela operação, o mandado de prisão foi autorizado por um Juiz da 1ª Vara Criminal da Capital. "De acordo com o que apuramos, a quadrilha movimentava em torno de 500 mil ao mês. Nenhum dos presos ofereceu resistência, pois era uma ordem judicial e eles não tinham mais o que fazer”, disse.

A Polícia Civil desarticulou quadrilha que fazia abortos no Rio de Janeiro (Foto: Fábio Gonçalves/Agência O Dia)

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“Mas ainda faltam outras pessoas que nós vamos identificar com base nas provas que colhemos com a busca e apreensão e com os depoimentos das pessoas que foram trazidas em razão das investigações", acrescentou.

A polícia também apreendeu equipamento médico utilizado em abortos, como máquina de sucção, maca, instrumentos cirúrgicos, medicamentos, Além de computadores, agendas, radiografias, carimbos, e dinheiro.

A quadrilha cobrava até R$ 8 mil por aborto e fazia o procedimento, também, em mulheres de outros estados como São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Maranhão que eram trazidas para o Rio de Janeiro.

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Segundo o delegado, a investigação começou após denúncias que foram confirmadas pela polícia. "No final da investigação, acabamos descobrindo que existia uma rede de pessoas com objetivo comum de praticar o aborto”, disse.

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