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Polícia Civil desarticula quadrilha de sequestro para Pix e prende 7 na Baixada

Os detidos até o momento são cinco homens e duas mulheres; a quadrilha foi responsável pelo sequestro, em Bertioga, de uma família que foi levada a um cativeiro em agosto

Gilmar Alves Jr.

Publicado em 09/09/2021 às 19:52

Atualizado em 09/09/2021 às 20:05

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A operação se concentrou em três regiões de Guarujá / Divulgação/Polícia Civil

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A Polícia Civil desarticulou uma quadrilha de sequestro para Pix que é baseada em Guarujá e prendeu sete pessoas - cinco homens e duas mulheres - durante uma operação deflagrada nesta quinta-feira (9). A ação recebeu o nome de "Conteiros", já que, além de atingir os envolvidos na execução dos roubos com retenção de vítimas, também mirou as pessoas que forneciam suas contas para receberem percentuais dos valores obtidos pelos assaltantes. 

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Com base nas investigações da 1ª Delegacia da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) regional, o Poder Judiciário expediu 17 mandados de prisão temporária e 25 de busca e apreensão.

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Entre os detidos ontem está um dos quatro homens envolvidos com um sequestro de uma família em Bertioga entre 10 e 12 de agosto. Os outros três também tiveram a prisão decretada, mas não tinham sido localizados até o final da tarde desta quinta. 

Treze pessoas que forneciam suas contas para receberem percentuais dos valores obtidos pelo assaltantes completam a relação de mandados de prisão, sendo que seis delas foram detidas ontem, incluindo duas mulheres. 

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As ações, que mobilizaram integrantes da 1ª Delegacia e do Grupo de Operações Especiais (GOE), se concentraram em Conceiçãozinha, Prainha e Morrinhos, em Guarujá, segundo o delegado titular, Luiz Ricardo de Lara Dias Júnior, que concedeu entrevista coletiva ontem à tarde. 

A quadrilha agia em Guarujá, Bertioga e São Sebastião, conforme apurou a equipe de Lara e do investigador-chefe, Paulo Carvalhal. 

"Conteiro é o termo usado por roubadores para individualizar a pessoa que aluga ou empresta a sua conta, o seu aplicativo financeiro, para receber valores que sabe ser de origem ilícita", frisou Lara na entrevista coletiva, ao explicar o nome da operação. 

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O delegado Luiz Ricardo de Lara Dias Júnior, responsável pela operação, em entrevista coletiva nesta quinta-feira (9) (Foto: Gilmar Alves Jr./DL)

"Em redes sociais, grupos de WhatsApp, há mensagens de chamamento. 'Eu preciso de contas da instituição financeira A, contas da instituição financeira B'. Há um chamamento dos roubadores para que os conteiros se apresentem para receber essa porcentagem. Então isso acabou se disseminando até por conta da falta de conhecimento da população de que essa conduta é tão criminosa quanto a daquele que de arma em punho rende alguém e o obriga a realizar a transação financeira", disse o delegado. 

Os conteiros ficaram sujeitos a indiciamento por extorsão, associação criminosa e até lavagem de dinheiro. 

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"A operação de hoje tem uma atuação não só penal mas também de cunho social, no sentido de alertar a população, que a gente sabe que é de bem, que não se deixe se levar por esse suposto ganho rápido de dinheiro. Por emprestar a conta e ganhar ali uma porcentagem de 5%, 10%, 15%, 20%. Isso é crime. Isso dá cadeia", frisou o delegado. 

Ele afirmou que, de modo geral, os conteiros ficaram surpresos ao serem presos. "Tão logo souberam do motivo pela qual estavam sendo presos veio o arrependimento. "Viram que aquela ínfima quantidade de dinheiro, aquele bem material momentâneo, tirou a sua liberdade", disse o delegado. 

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