Polícia
Imagens divulgadas na internet mostram um policial das Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas (Rocam) subir com a moto sobre a calçada e atropelar uma mulher, na Rua Paim, região central da capital
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A Corregedoria da Polícia Militar (PM) apura mais um caso de violência em ação de policiais nas ruas de São Paulo. Imagens divulgadas na internet nesta terça-feira, 28, mostram um PM das Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas (Rocam) subir com a moto sobre a calçada e atropelar uma mulher, na Rua Paim, região central da capital.
O episódio teria acontecido na noite deste sábado, 25, durante a manifestação "Não vai ter Copa", mas a Secretaria de Segurança Pública (SSP) não tinha confirmado a data até as 20 horas desta terça-feira. O vídeo do atropelamento foi gravado por um morador de um prédio da região e divulgado na internet. As imagens, que circularam nas redes sociais, mostram muitas viaturas da polícia circulando na rua, quando uma moto da PM sai do asfalto, sobe na calçada e vai na direção da jovem, que é atropelada e cai. Depois disso, a vítima foi cercada por quatro motos, que, sem socorrê-la, saíram do local. Ao menos sete policiais da testemunharam a ação, de acordo com imagens.
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Em nota, a SSP afirmou que o caso é considerado grave. "Um inquérito policial-militar já havia sido instaurado pela Corregedoria da Polícia Militar para identificar o PM responsável pelo atropelamento. O policial responderá criminal e administrativamente pelo episódio, podendo ser expulso da corporação."
Outro caso que é investigado pela Corregedoria é o do estoquista Fabrício Chaves, de 22 anos, que está internado em estado grave na Santa Casa, em Santa Cecília, no centro da capital paulista, após ter sido baleados por PMs também na região central na noite do protesto de sábado. A polícia investiga se houve excessos na atuação dos policiais, ou se eles teriam agido corretamente.
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Na tarde desta terça, o Ministério Público Estadual (MPE) distribuiu uma nota, assinada por dez promotores do 1º Tribunal do Júri, afirmando que o enquadramento da conduta dos policiais envolvidos na agressão de Fabrício Proteus Chaves cabe exclusivamente ao MPE.
"Essa apreciação será feita no momento oportuno, qual seja, após o término das investigações", diz o texto, que conclui: "Portanto, não cabe a nenhum órgão ou instituição o exame prematuro do mérito" do caso. Segundo a Santa Casa, Chaves não está mais sedado e respira sem a ajuda de aparelhos desde esta segunda-feira, 27. O estado de saúde do estoquista ainda é considerado grave, porém está estabilizado.
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