Polícia

PM apura morte de rapaz em abordagem na zona norte

Segundo vizinhos e familiares, Rafael Ferraz Delfino de Souza Paulino, de 15 anos, teve o pescoço "violentamente apertado" por um policial

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 25/07/2015 às 12:23

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

A Corregedoria da Polícia Militar vai investigar a morte de um adolescente de 15 anos durante abordagem policial na noite de segunda-feira, na Rua Ouro Grosso, Casa Verde, zona norte de São Paulo. Segundo vizinhos e familiares, Rafael Ferraz Delfino de Souza Paulino teve o pescoço "violentamente apertado" por um policial. Os PMs, por sua vez, disseram que ele teve mal súbito. O ocorrência foi registrada como "morte suspeita" no 13.º DP (Casa Verde).

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

A polícia foi acionada para atender a uma agressão na rua, durante uma briga de casal. Depois de separar o casal e enquanto esperavam por apoio, segundo o Boletim de Ocorrência, os PMs avistaram "três indivíduos desconhecidos, visivelmente alterados", que faziam "gestos com as mãos" - mas não era possível esclarecer se as "ameaças" eram dirigidas aos policiais militares ou ao homem que havia agredido a companheira.

Continua depois da publicidade

Leia Também

• Polícia acusa goleiro do polo de assédio sexual e emite ordem de prisão

• Homicídios caem no Estado de SP e na capital em junho

• Roubos de carga têm queda de 11,25% no Estado de São Paulo

Os PMs Edgar de Abreu Serra e Vinicius Campos da Silva decidiram abordar o trio "para averiguação". Ainda segundo o BO, como eles se recusaram e estavam agressivos, os policiais se aproximaram de Rafael "segurando-o pelo braço e colocando-o contra a parede". Ele, então, teria "revirado os olhos e caído de joelhos no chão", sendo socorrido por vizinhos em seguida. O adolescente foi levado ao hospital, mas não resistiu.

O soldado Edgar ressalta no boletim que "em nenhum momento usou de força ou violência para abordar Rafael".

Continua depois da publicidade

Ariel de Castro Alves, coordenador estadual do Movimento Nacional de Direitos Humanos, encaminhou ontem pedido de apuração à Ouvidoria da PM, que diz ter oficiado a Corregedoria, que vai investigar a morte. Segundo Ariel, outros policiais compareceram nos dias seguintes à rua e ao velório do jovem, "com a finalidade de ameaçar e intimidar testemunhas e familiares". A mãe de Rafael está no interior desde o ocorrido, com medo de represálias.

A Secretaria Estadual da Segurança Pública informou que foi aberta sindicância para apurar o caso. O delegado titular do 13.º DP, Egídio Cobo, solicitou exames periciais para determinar a causa da morte do jovem. A PM diz que aguarda os resultados para definir se vai instaurar outros tipos de procedimentos.

Continua depois da publicidade

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software