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A Polícia Federal (PF) prendeu ontem um servidor federal, um empresário e um despachante aduaneiro durante a Operação Encarnação, deflagrada contra a sonegação fiscal e a evasão de divisas no Porto de Santos. Outras duas pessoas acusadas que também tiveram a prisão decretada pela Justiça, não foram localizadas.
Vinte e quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos, sendo 12 na Baixada Santista, em Santos e São Vicente; nove em São Paulo e três no Rio de Janeiro.
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Segundo estima a PF, mais de 500 milhões de dólares foram enviados pela quadrilha exterior. Os principais beneficiários do esquema eram empresários chineses.
As investigações foram desenvolvidas conjuntamente, entre a Polícia Federal e Alfândega da Receita Federal no Porto, por cerca de dois anos. Tiveram como ponto de partida inquéritos policiais oriundos de informações prestadas regularmente pela Alfândega do Porto de Santos ao Ministério Público Federal (MPF), denotando a existência de um esquema de introdução clandestina de mercadorias no Brasil, caracterizado por importações realizadas por meio de empresas alugadas ou de fachada, de forma a ocultar do fisco quem estava realmente realizando as importações.
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O esquema era promovido por empresas de despachos aduaneiros (comissárias de despacho) que, com o auxílio de despachantes credenciados na Receita Federal, ofereciam esse tipo de serviço a seus clientes, os reais importadores, garantindo redução nos custos de importação.
Paralelamente, revelou-se que um dos grupos investigados, composto por agências de carga situadas em Santos, vinha promovendo um esquema de remessa ilegal de divisas em benefício de empresários chineses de São Paulo.
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