Polícia

PF deflagra operação de combate ao tráfico; medida judicial é cumprida em Guarujá

Policiais federais deram cumprimento a 63 mandados de busca e apreensão, a 23 mandados de prisão preventiva, a 7 mandados de prisão temporária, além do sequestro de 13 imóveis e do bloqueio judicial de contas bancárias de 33 pessoas físicas e jurídicas

Da Reportagem

Publicado em 14/12/2021 às 14:40

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Policiais Federais estiveram em diversos municípios do Estado de São Paulo para cumprir mandados / POLÍCIA FEDERAL / DIVULGAÇÃO

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A Polícia Federal deflagrou durante toda a manhã desta terça-feira (14) a ‘Operação AQUEUS’, com o objetivo de desmantelar grande organização criminosa dedicada ao tráfico ilícito de drogas e à lavagem de dinheiro. Iniciada em Três Lagoas, no Estado do Mato Grosso do Sul, as ações também se estenderam a municípios paulistas, como Guarujá, que foi alvo das ações das autoridades.

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Durante as investigações, que se iniciaram em março de 2020, verificou-se a existência deste grande grupo criminoso liderado por dois indivíduos residentes do município de Três Lagoas. Os líderes adquiriam carregamentos de droga em Ponta Porã, também em Mato Grosso do Sul, e coordenavam, à distância, todo o transporte da droga, a qual era armazenada em um depósito em Campo Grande, capital do Estado. Após isso, a carga seguia para o entreposto três-lagoense, de onde era distribuída para diversos locais do país, principalmente interior e litoral paulistas, Grande São Paulo além do interior de Minas Gerais.

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Para a movimentação dos valores envolvidos nas negociações, a organização indicava contas bancárias de empresas de fachada para os compradores, fazendo com que o pagamento da droga chegasse diretamente ao fornecedor na região fronteiriça. Estas contas eram administradas por um núcleo especializado em lavagem de dinheiro, que prestava este tipo de serviço ilícito a diversas organizações criminosas. Foi constatado que este núcleo movimentou, em um período de 14 meses, mais de R$ 155 milhões.

O lucro dos líderes três-lagoenses era recebido por meio de veículos, dinheiro em espécie e contas bancárias de parentes próximos, que integravam a organização criminosa. Para ocultar o patrimônio oriundo da infração penal, investiam, principalmente, em imóveis, que eram registrados em nome de terceiros. Em um período aproximado de um ano (entre 2020 e 2021), os líderes da organização criminosa teriam recebido, somente em valores creditados em conta correntes de seus “laranjas”, mais de R$ 3,5 milhões de reais. Estima-se que o lucro obtido com o tráfico tenha sido muito superior, haja vista os valores recebidos em espécie e bens não contabilizados.

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Durante a investigação, foram presas oito pessoas em flagrante e apreendidos aproximadamente 500 kg de drogas, além da identificação de outros carregamentos apreendidos pertencentes aos investigados. Ontem, foram cumpridos 63 mandados de busca e apreensão, 23 mandados de prisão preventiva, sete mandados de prisão temporária, além do sequestro de 13 imóveis e do bloqueio judicial de contas bancárias de 33 pessoas físicas e jurídicas. Entre os imóveis sequestrados estão uma Fazenda no município de Água Clara e uma casa de veraneio a beira-rio em Três Lagoas, propriedades com valores estimados em mais de R$ 4 milhões de reais.

As medidas judiciais também foram cumpridas nos municípios de Guarujá, Ribeirão Preto, Guatapará, Aparecida, Guaratinguetá, Potim, Paulínia, São José do Rio Preto, São José dos Campos, José Bonifácio e São Paulo.

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