Polícia
Sócios de escritórios de contabilidade das organizações sociais parceiras da gestão municipal adulteravam pagamentos e desviavam verbas das creches, segundo a investigação
PF faz operação contra organização suspeita de desviar verba da Prefeitura de SP destinada à educação infantil / Reprodução/TV Globo
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Nesta quinta-feira, a Polícia Federal e Receita Federal realizaram uma operação para desarticular uma organização suspeita de desviar verbas da Prefeitura de São Paulo destinadas à educação infantil. Foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão em Itaquaquecetuba, Santana do Parnaíba, Mogi das Cruzes e Capital.
Segundo a investigação, sócios de escritórios de contabilidade das organizações sociais parceiras da gestão municipal adulteravam pagamentos e desviavam verbas das creches para enriquecimento ilícito.
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Ainda de acordo com a investigação, os desvios eram realizados através de alterações de comprovantes de pagamento da previdência social e simulação de compra de mercadorias. “São dois escritórios de contabilidade que prestam assistência à aproximadamente 570 creches, que abrangem 77 mil crianças que estão submetidas a essas creches. (...) Em relação às irregularidades, pudemos identificar falsificações grosseiras dos comprovantes de pagamentos”, disse o auditor da Receita Federal, Fernando Poli à “TV Globo”.
Foi determinada pela Justiça a suspensão dos convênios firmados pela gestão municipal com 36 organizações sociais suspeitas de irregularidades, além de sequestros de veículos, imóveis e valores depositados em contas bancárias.
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"Durante o período da fraude verificado, que é de dezembro de 2015 até meados de 2019, esses dois investigados adquiriram um patrimônio bastante expressivo", afirmou o delegado Divino Alves Caetano Neto em entrevista à “TV Globo”.
Em nota, a Prefeitura de São Paulo informou que as apurações foram realizadas internamente pela Controladoria Geral da cidade e que forneceu todos os documentos utilizados no início das investigações.
"A Secretaria Municipal de Educação ampliou o controle interno e a fiscalização às mantenedoras de creches, o que resultou no descredenciamento de 131 OSCs envolvidas em diversas irregularidades, entre elas questões previdenciárias, que eram responsáveis por 353 CEIs, desde 2019”, concluiu.
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