O corpo foi encontrado pela Polícia Civil em uma cova no quintal da casa do acusado / Reprodução
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Um pedido judicial de pensão alimentícia teria sido o estopim para a auxiliar de limpeza Rosana Fernandes da Silva, de 32 anos, ser assassinada pelo ex-marido, um guarda municipal de 46 anos, que já dirigiu a corporação, em Guarujá, entre 2017 e 2018. O homem foi preso temporariamente pela Polícia Civil nesta segunda-feira (24) e diz que durante uma briga com Rosana na casa dele, no último dia dia 14, atirou acidentalmente contra ela causando a morte.
O corpo foi encontrado pelos investigadores, da 3ª Delegacia da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) regional, nesta segunda em uma cova nos fundos da casa do guarda, que fica na bairro Jardim Virgínia. Uma placa de concreto tampava a cova descoberta pelos policiais civis.
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Inicialmente, o guarda disse que havia dispensado o corpo no Rio Itapanhaú. Foi realizada uma diligência no local indicado, o que contribuiu para o esclarecimento do caso.
“A gente colocou ele (suspeito) na viatura e foi até o local.O local que ele disse que jogou o corpo é um local fechado inclusive com cadeado. Aí ele já foi confrontado com essa situação e no final falou que estava enterrado (o corpo) na casa dele”, explicou, em entrevista coletiva nesta terça-feira (25), o delegado Renato Mazagão Júnior, divisionário da Deic da Baixada Santista.
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Mazagão afirma que é apurada a hipótese de o assassinato ter sido cometido de forma premeditada. “A primeira versão dele, da briga, está meio fantasiosa”.
O homicídio de Rosana, mãe de dois filhos, de 3 e 7 anos, cujo pai é o guarda, inicialmente era tratado como um desaparecimento. O depoimento de uma testemunha, no último dia 17, foi decisivo para o êxito das investigações, pois apontou que a auxiliar de limpeza esteve em um ponto de ônibus no dia 14 e entrou em um carro.
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Os investigadores obtiveram as imagens de monitoramento e apuraram que ela entrou em um Renault vermelho. Novos depoimentos ainda apontaram que o ex-marido de Rosana estava pagando uma pensão pequena aos dois filhos e de que ela tinha entrado com um pedido judicial de pensão alimentícia. Rosana e o guarda estavam separados desde janeiro.
Uma testemunha ainda disse que o guarda, ao saber do pedido judicial de pensão, afirmou que a situação "não ia ficar assim".
Cruzando as informações, a equipe do delegado Mazagão Júnior e do investigador Fernando Coelho, através de pesquisa, apurou que o guarda municipal possui um Renault idêntico ao usado para o embarque da vítima no ponto de ônibus.
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Na última sexta-feira (21), o suspeito foi levado à delegacia e disse que não via Rosana há mais de 15 dias, versão inverossímil, segundo a polícia, diante das imagens de monitoramento.
“Com base no que tinha sido apurado e na mentira dele foi solicitada a prisão temporária dele e foi cumprida na data de ontem (24)”, afirmou Mazagão Júnior.
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“No final (do último interrogatório) ele acabou confessando que foi até a casa dele para pegar um dinheiro para dar para ela. Que ela entrou junto. Que ela teria batido nele e que ele pegou uma arma para evitar a agressão e nessa luta corporal a arma disparou”, afirma o delegado. O acusado ainda diz que Rosana usou o celular para atingi-lo.
O guarda já tem advogado, mas a polícia não soube informar à Reportagem o nome dele.
Prefeitura
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Em nota, a Prefeitura de Guarujá disse que acompanha as investigações do caso na esfera policial e já abriu Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD). O guarda atualmente trabalhava na sede da corporação, no Jardim Helena Maria, realizando serviços administrativos.
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