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Investigações ao longo de mais de cinco meses culminaram em uma operação que desarticulou, nesta terça-feira (17), uma organização criminosa que furtava caixas eletrônicos mediante explosões. Quatro policiais militares do 45º BPM/I (Praia Grande) acusados de facilitarem a ação do bando estão entre os 12 detidos. A operação, executada pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Santos, contou com apoio da Corregedoria da Polícia Militar e da Polícia Federal (PF), já que uma das prisões, do fornecedor de explosivos da quadrilha, C.E.F.S., ocorreu em Minas Gerais. O mentor das ações do bando, D.Q.C., foi preso na Baixada.
Em entrevista coletiva concedida na tarde de hoje, no Palácio da Polícia Civil de Santos, os delegados Aldo Galiano Júnior e Luiz Henrique Ribeiro Artacho, respectivamente titular do Departamento de Polícia Judiciária do Interior-6 (Deinter-6) e da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Santos, explicaram que as suspeitas sobre os PMs começaram porque o bando agia com informações muito precisas. “Ou para a evasão, quando não se levava o dinheiro, ou para o sucesso, quando se levava o dinheiro”, assinalou Galiano Júnior.
Escuta telefônica realizadas nas investigações indicaram diálogos de um dos policiais militares do 45º BPM/I dando orientações para os bandidos agirem em um dos furtos, em Praia Grande. O policial estava em serviço no momento do crime e informa o momento que os comparsas deveriam deixar a agência, após as explosões serem informadas ao Centro de Operações da Polícia Militar (Copom).
Quatro delitos foram esclarecidos nos inquéritos, conforme informou o delegado Artacho. Foram dois delitos em Praia Grande, um em Mongaguá e outro em Itanhaém. As ações criminosas ocorreram entre abril e agosto.
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Mais PMs
Outros quatro policiais militares são investigados de integrarem a quadrilha, mas ainda não há indícios suficientes que levem a indiciamentos. Eles foram detidos administrativamente pela Corregedoria da Polícia Militar. O major da Corregedoria Marcelino Fernandes informou ontem, durante a entrevista coletiva no Palácio da Polícia, que a conduta dos PMs será apurada com rigor para uma resposta rápida.
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Incidência alta
O delegado Luiz Henrique Ribeiro Artacho frisou que a alta incidência de furtos de caixas eletrônicos mediante explosões ocorre porque as sanções penais com relação a furto qualificado são menos severas do que a de um roubo. “Se a pessoa não possui antecedentes criminais, ela pode até pagar uma fiança. Vai praticar um furto e ganhar uma quantia de dinheiro enorme”.
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