Polícia

Operação prende quadrilha que furtava caixas eletrônicos na Baixada

Quatro policiais militares de Praia Grande estão entre os 12 detidos. Líder do bando também foi preso

Gilmar Alves Jr.

Publicado em 17/09/2013 às 20:22

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Investigações ao longo de mais de cinco meses culminaram em uma operação que desarticulou, nesta terça-feira (17), uma organização criminosa que furtava caixas eletrônicos mediante explosões. Quatro policiais militares do 45º BPM/I (Praia Grande) acusados de facilitarem a ação do bando estão entre os 12 detidos. A operação, executada pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Santos, contou com apoio da Corregedoria da Polícia Militar e da Polícia Federal (PF), já que uma das prisões, do fornecedor de explosivos da quadrilha, C.E.F.S., ocorreu em Minas Gerais. O mentor das ações do bando, D.Q.C., foi preso na Baixada.

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Em entrevista coletiva concedida na tarde de hoje, no Palácio da Polícia Civil de Santos, os delegados Aldo Galiano Júnior e Luiz Henrique Ribeiro Artacho, respectivamente titular do Departamento de Polícia Judiciária do Interior-6 (Deinter-6) e da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Santos, explicaram que as suspeitas sobre os PMs começaram porque o bando agia com informações muito precisas. “Ou para a evasão, quando não se levava o dinheiro, ou para o sucesso, quando se levava o dinheiro”, assinalou Galiano Júnior.

Escuta telefônica realizadas nas investigações indicaram diálogos de um dos policiais militares do 45º BPM/I dando orientações para os bandidos agirem em um dos furtos, em Praia Grande. O policial estava em serviço no momento do crime e informa o momento que os comparsas deveriam deixar a agência, após as explosões serem informadas ao Centro de Operações da Polícia Militar (Copom).

Quatro delitos foram esclarecidos nos inquéritos, conforme informou o delegado Artacho. Foram dois delitos em Praia Grande, um em Mongaguá e outro em Itanhaém. As ações criminosas ocorreram entre abril e agosto.

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Os delegados  Luiz Artacho e Galiano Júnior concederam entrevista com major da Corregedoria da PM (Foto: Luiz Torres/DL)

Mais PMs

Outros quatro policiais militares são investigados de integrarem a quadrilha, mas ainda não há indícios suficientes que levem a indiciamentos. Eles foram detidos administrativamente pela Corregedoria da Polícia Militar. O major  da Corregedoria Marcelino Fernandes informou ontem, durante a entrevista coletiva no Palácio da Polícia, que a conduta dos PMs será apurada com rigor para uma resposta rápida.

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Incidência alta

O delegado Luiz Henrique Ribeiro Artacho frisou que a alta incidência de furtos de caixas eletrônicos mediante explosões ocorre porque as sanções penais com relação a furto qualificado são menos severas do que a de um roubo. “Se a pessoa não possui antecedentes criminais, ela pode até pagar uma fiança. Vai praticar um furto e ganhar uma quantia de dinheiro enorme”.

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