Polícia

Operação policial provoca protesto em Veracruz, México

Centenas de pessoas foram às ruas com os caixões de quatro homens mortos quando, supostamente, tentaram roubar o corpo de um chefe do tráfico.

Publicado em 03/01/2013 às 17:37

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

Centenas de pessoas realizaram uma manifestação no leste do México com os caixões de quatro homens, que foram mortos em dezembro quando supostamente tentavam roubar o corpo de um chefe do tráfico de drogas, segundo informações da mídia local. Os manifestantes, que incluíam parentes e amigos dos quatro indivíduos assassinados, carregavam cartazes proclamando que os homens "não mereciam morrer". Eles também acusavam a polícia pelas mortes enquanto marchavam na cidade de Ixhuatlan del Cafe nesta quarta-feira (2).

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

No dia 29 de dezembro, a polícia do Estado de Veracruz afirmou que havia "evitado um ataque e que mataram quatro criminosos" que tentavam roubar o corpo de Angel Enrique Uscanga, também conhecido como El Pokémon, líder do cartel de Los Zetas na cidade de Córdoba. Veracruz, que fica na costa do Golfo do México, tem sido palco de uma onda de violência crescente entre o grupo dos Zeta, criado na década de 1990 por ex-soldados de elite que se tornaram assassinos, e antigos aliados do carte do Golfo.

Militares realizam operação nas ruas de Boca del Río, em Veracruz, México. (Foto: Reuters)

Em 7 de outubro, autoridades mexicanas mataram um líder nacional de Los Zetas, Heriberto Lazcano, ou El Lazca, no norte do México. Horas depois, seu corpo foi roubado da casa funerária por um grupo armado. Pelo menos 70 mil pessoas foram mortas entre 2006 e 2012 quando o ex-presidente Felipe Calderón lançou uma grande operação contra fortes grupos de tráfico de drogas, segundo informações do novo governo do Partido Revolucionário Institucional (PRI).

Continua depois da publicidade

Calderón reconheceu que, durante o seu mandato, muitas das vítimas eram inocentes, apesar de seu governo nunca ter detalhado os números.

Continua depois da publicidade

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software