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Um padrasto que assumiu na internet abusar da enteada de 9 anos de idade foi um dos episódios chocantes revelados na Operação Proteja Brasil, desencadeada em 14 Estados pela Polícia Federal nesta quarta-feira, 21. O balanço até 18 horas indicava oito pedófilos presos: dois em São Paulo, dois no Rio Grande do Sul, e os outros em Goiás, Paraná, Pernambuco e Minas Gerais. A ação é uma tentativa de repressão ao turismo sexual e à pedofilia durante a Copa do Mundo.
Em Goiânia, a PF prendeu um homem de 30 anos de idade, no Setor Pedro Ludovico, que possuía um computador recheado de imagens de crianças nuas. Não se sabe se o preso fez as imagens ou se as salvou para enviar a outros pedófilos. Por enquanto ele é investigado por porte de pornografia infantil. A operação visava cumprir 40 mandados de busca e apreensão, mas havia a determinação de prender em flagrante quem fosse encontrado com imagens de crianças e adolescentes em situação de pornografia e abuso sexual.
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O possível padrasto flagrado foi um dos que teve mensagens interceptadas por organizações não-governamentais de proteção de crianças e adolescentes, e pela polícia, classificadas como prováveis abusos, assédios e tentativas de sedução. O padrasto diz que tem 29 anos de idade e conversa com outro homem, contando vantagem ao afirmar que namora uma criança, a própria enteada de 9 anos.
Outra conversa flagrada é a de um homem que se passa por atriz mirim, de 10 anos de idade, e tenta convencer uma menina a tirar toda a roupa diante da câmera do computador enquanto conversa com ele, como um teste para "se desinibir".
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A investigação durou seis meses e contou com a interceptação de mensagens criptografadas trocadas entre alguns dos investigados, sinalizando para a existência de uma rede. A operação envolveu 200 agentes e ocorreu simultaneamente em Goiás, São Paulo, Alagoas, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina e Tocantins.
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